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Campo Grande

#2ºBrequeDosApps: entregadores de app paralisam mais uma vez na Capital

Eles aderem à paralisação nacional e, entre as reivindicações, pedem por taxas de deslocamento

24 julho 2020 - 15h00Por Rayani Santa Cruz

Mais uma vez, entregadores de aplicativos de Campo Grande devem paralisar as atividades desligando as plataformas por 24h e posteriormente fazendo buzinaço em ruas do centro das 11h as 12h. A manifestação intitulada #2ºBrequeDosApps está marcada para ocorrer neste sábado (25) e busca conseguir melhores condições na atividade.

Renato Amorim, 33 anos, que trabalha há seis no ramo, disse que é importante a participação da categoria. Ele cita que um dos maiores problemas é quando existe o chamado para entrega e, no meio do caminho, o cliente ou o restaurante cancela. Nisso, ele gasta combustível para o deslocamento e não é ressarcido.

“Eu vou participar. Entre as reivindicações está a melhoria de taxa. Às vezes, o cliente ou o estabelecimento cancela a corrida e a gente não ganha a taxa de deslocamento, ou seja, quando chegamos no local é que ficamos sabendo. E, por causa da pandemia, também estamos pedindo auxílio dos aplicativos para comprar máscara e álcool em gel”, explicou. 

Um dos líderes do movimento na cidade, Fenando Albulquerque, 25 anos, também afirma que trabalha há seis como entregador. Ele cita que a adesão à paralisação é para tentar aumento das taxas de serviços, e tentar soluções para trabalhadores bloqueados “do nada”.

Nessa mesma linha, Renato explica que geralmente o motoentregador é banido após uma reclamação do cliente, mas existem casos em que não é culpa do trabalhador. Ele cita que o motoentregador não consegue falar com o suporte para justificar e acaba excluído. 

Fernando disse que muitos motoentregadores não vão aderir e que, apesar de a classe não ser tão unida, a primeira paralisação trouxe resultados. 

“Depois da primeira, os aplicativos distribuíram máscara e álcool em gel. Mas, o valor das taxas ainda é desumano. Eles cobram R$ 8 do cliente e passam R$ 4 para o motoboy. Isso é o mesmo com o restaurante”, diz Fernando.