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Campo Grande

20/02/2023 19:00

Morto em atropelamento, Hagiki sempre será lembrado pelo jeito 'japonês de ser' em Campo Grande

Idoso foi vítima de atropelamento e viveu por longos anos na cidade; família se apega aos bons momentos e no jeito durão, mas que havia amolecido com a chegada da tataraneta

Nascendo no Japão, mas vindo ainda nos anos 2000 para o Brasil e abraçando Campo Grande de vez, Huikishide Hagiki, de 89 anos, sempre será lembrado pelo jeito 'japonês de ser' e pela saúde impecável que esbanjava vigor físico para buscar seu jornal matinal na Avenida Afonso Pena.

Infelizmente, seo Hagiki, ou melhor dizendo, o senhor Luiz, como também era conhecido, foi vítima de um atropelamento na rotatória das avenidas Ernesto Geisel e Euler de Azevedo na última quinta-feira (16) e morreu neste domingo (19), na Santa Casa.

Juliana Hagiki, de 36 anos, neta do idoso, tirou um tempinho direto do Japão para conversar com o TopMídiaNews sobre como era a vida do senhor Huikishide. E a lembrança não poderia ser outra: o jeito teimoso, rígido, quieto, cabeça dura, frio, trabalhador e que odiava coisas erradas.

Porém, todo esse lado construído ao longos da vida, foi sendo substituído pelo nascer da tataraneta dele, no qual o "coração dele derreteu", diz Juliana. "A netinha fazia de tudo que eu e meus filhos, os bisnetos, não poderia nem pensar em fazer", brinca a neta.

Com um gosto peculiar para mexer com plantas e fazer caminhadas, o idoso costumava pescar e sua saúde era algo invejável pelos amigos e conhecidos, mesmo com seus 89 anos de vida. Mas uma coisa que nunca mudou era sempre pegar o jornal na Afonso Pena, mesmo morando um pouco distante e retornar na companhia de seu pai, que sempre o buscava.

Huikishide Hagiki foi para o Japão nos anos 90, mas retornou definitivamente para o Brasil ainda nos anos 2000, sempre escolhendo Campo Grande. Parte da família se mudou para o Japão, mas antes, viviam no bairro Guanandi.

Juliana relembra o último contato que teve com seu avô. "Me surpreendeu quando eu vi ele da última vez. Conversamos bastante e me deu até conselhos. Muita gente fala que certas pessoas não mudam, que não tem jeito, porque é velho demais, mas muda sim. Por causa de uma coisinha de nada, a pessoa pode sim mudar", escreveu.

Em referência ao acidente, a neta trata como uma "descuido besta", mas que quando soube, demorou um pouco para digerir a notícia da morte do avô.

"Por eu estar longe, estava sendo muito difícil de acreditar e aceitar. Mas agora que meu pai falou, creio que estou começando a aceitar a perda que estou tendo. E a dor é muito pior do que está presente. Mas ele estava fazendo o que mais gostava no momento e creio que ele tenha aproveitado bastante, pois não é todo mundo que consegue chegar aos 89 anos com uma saúde impecável", finalizou a familiar.

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