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Campo Grande

23/05/2023 11:00

Adolescente deficiente se contorce de dor aguardando atendimento na UPA Universitário (vídeo)

Mãe diz que foi destratada pela Assistente Social quando viu a placa de pacientes prioritários e foi questionar demora

Mãe de um adolescente deficiente passou horas de desespero com o filho em busca de atendimento médico e ainda foi destratada pela assistente social, neste domingo (21), na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, em Campo Grande.

A cabeleireira Grazianny Farias de Rezende, 42 anos, levou o filho Leonardo José Farias dos Santos, 17 anos, até a UPA às 19h, mas só conseguiu atendimento depois das 22h.

O drama da família, segundo ela, começou assim que chegaram na unidade e viram que estava lotada. Pacientes informando que aguardavam por atendimento desde 12h.

Depois de 2h30 de espera por atendimento, com o filho gritando de dor, Grazianny viu uma placa de atendimento prioritário para os pacientes com deficiência ou necessidades especiais e decidiu buscar auxílio da Assistente Social.

"Como ele ainda não tinha sido atendido, e passava muito mal fui procurar a assistente, expliquei a situação, que ele é PcD [pessoa com deficiência], estava se contorcendo de dor na cadeira de rodas e estávamos ali há quase três horas. Ela virou e disse: 'meu serviço não é ficar atrás de ficha de paciente nem de médico'", narra.

A resposta foi um tapa na cara da mãe que acompanha o sofrimento do filho a espera do médico. 

"Eu rebati e disse que tinha placa de prioridade e que Lei era Lei, mesmo assim ela virou as costas e me deixou", continua a mãe.

Desesperada, já que não conseguiu amparo na sala da Assistente Social, ela retornou ao saguão por indicações para procurar o enfermeiro chefe e descobrir onde estava a ficha do filho e implorar por atendimento.

"Fiquei quase meia hora esperando o enfermeiro-chefe e nada de aparecer, os médicos apareciam no saguão, chamavam três pacientes e sumiam. Isso porque na escala tinha vários médicos", cita Grazianny.

Assim que uma sala abriu, a mãe foi desesperada e pediu que a médica verificasse a ficha de Leonardo e depois das 22h conseguiu atendimento.

"A ficha do meu filho era a décima dela ainda. Ela se desculpou e disse que ninguém tinha passado a ela que ele era uma paciente com PcD e necessitava de prioridades. Meu filho tem atrofia muscular, é cadeirante pela paralisia cerebral e foi diagnosticado com problemas no rim, sai de lá arrasada pela forma como fomos atendidos", lamenta.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura para verificar como funciona o atendimento prioritário nas UPAs e sobre como a mãe foi tratada pela Assistente Social e recebeu resposta.

Em nota a prefeitura esclarece que na data do atendimento, o paciente em questão recebeu a classificação verde, havendo pouco risco à vida dele.

"Tempo protocolar para atendimento de até quatro horas. Por se tratar de um paciente com necessidades especiais, ele possui preferência quanto aos demais pacientes com a mesma classificação que ele", explica a prefeitura.

Quanto ao tratamento dado pela Assistente Social, a Sesau irá verificar o ocorrido e aplicar as medidas cabíveis à profissional, caso necessário.

 

 

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