Gerou grande repercussão a matéria do TopMídiaNews, que mostrou homenagens de amigos, a Alexandre Barreto de Castro, o ''Alexandrinho'', morto pela polícia, na noite de 10 de novembro, em Campo Grande. Quem o conheceu exalta as ações sociais do rapaz, mas a polícia fala em criminoso. Há vídeos ao final da matéria.
Segundo uma amiga, que preferiu não se identificar, Alexandrinho era muito querido na região do bairro Parati e não merecia o fim que teve.
Uma outra amiga do rapaz, conhecido por fazer manobras com motocicletas, também disse que lembrará das coisas boas.
''... ele vinha fazendo o bem, ajudando pessoas com o que ganhava nas manobras. Infelizmente não teve chance de mostrar o bom coração que tinha''.
De fato, o enterro de Alexandre, também conhecido como ''Lelê'', foi acompanhado por uma multidão, assim como elogios a ele foram muitos nas redes sociais.
Uma das boas ações feitas por Alexandre, diz a amiga, foi quando ele viu um menino que vendia salgado, em um ponto de ônibus, durante uma chuva. O jovem perguntou se a criança tinha uma bicicleta e ouviu que ela havia sido roubada.
''...aí o Lelê seguiu ele até a casa dele, falou com umas pessoas que conhecia e deram a bicicleta pra esse menino'', lembrou a amiga.
Outra ocasião de boa ação, foi no Dia das Crianças, do mês passado, lembra a mulher. Alexandrinho juntou dinheiro das peças que vendia e, em parceria com uma loja de motos da região, comprou três mil brinquedos, doados para os pequenos da região.
Alexandrinho doou brinquedos para crianças. (Foto: Repórter Top)
Um vídeo, divulgado pela amiga, mostra fotos de Alexandre distribuindo os presentes a uma multidão de crianças. A legenda da gravação diz que aquele momento foi ''gratificante''.
Ainda conforme os comentários, alguns internautas dizem que Alexandrinho não era criminoso. Outros, inclusive a amiga que falou sobre ele, dizem que ele errou no passado, mas que depois, também pelo nascimento da filha, se regenerou e só fazia bem.
A versão de troca de tiros, que causou a morte do rapaz, na rua Doçura, é questionada por alguns internautas.
''Como ele trocou tiros com a polícia, se a arma que acharam estava com seis munições intactas?'', questionou. Outro admirador do rapaz morto refletiu que o único erro dele foi pilotar uma moto, usada em um latrocínio contra um policial militar.
''você pode acertar 100 vezes, mas se errar 1 vez, será lembrado sempre pelo seu erro'', refletiu outro conhecido de Alexandrinho.
Crimes
Alexandrinho foi acusado e absolvido por envolvimento no latrocínio do policial militar Rony Maickon Varoni de Moura da Silva, em julho de 2014. Ele teria dado fuga para os assassino do PM, que transportava R$ 20 mil, antes de ser abordado na região do Indubrasil.
Durante a investigação, quando saiu mandado de prisão preventiva, Alexandre trocou tiros com o Batalhão de Choque, sendo baleado na perna e tronco. Ele foi preso e solto depois.
Morte
No dia da morte, a PM recebeu denúncias que um homem, em uma moto escura, cometia roubos a populares no Parati. O suspeito foi encontrado e abordado.
Ainda segundo o registro policial, Lelê parou a moto e teria sacado uma arma, no momento que os PM’s desciam da viatura. Sendo assim, os militares dispararam contra o suspeito, que foi socorrido, mas morreu no hospital, com um tiro no tórax.
Ainda para a polícia, Lelê era especializado no roubo de motocicletas na Capital. Abaixo há um vídeo do enterro e outro da festa do Dia das Crianças.