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Campo Grande

23/09/2025 15:00

Após 28 anos de violência, Amanda Salomão encontra forças para denunciar ex-companheiro (vídeo)

Vítima expôs vida marcada por agressões físicas, psicológicas, sexuais e perseguições, que se estenderam por quase três décadas

Por quase 28 anos, Amanda Salomão viveu sob o que ela define como “um tormento sem fim” ao lado de Fernando Jorge Salomão. Em entrevista ao TopMídiaNews, a moradora de Campo Grande revelou detalhes de um relacionamento marcado por agressões físicas, verbais, sexuais e psicológicas cometidas pelo ex-companheiro, com quem começou a se relacionar ainda na adolescência.

“Eu conheci ele quando tinha 14 para 15 anos, e ele 19. Era meu primeiro namorado. Eu era muito nova, muito bobinha, sabe?”, relembra Amanda. O namoro durou sete anos e, mesmo antes do casamento, ela já havia presenciado episódios de violência. “Quando a gente discutia, ele dava soco na parede, quebrou porta, vinha para cima de mim. Sempre foi agressivo.”

A vítima engravidou aos 20 anos e, ainda durante a gestação, sofreu agressões físicas. “Ele me chutou grávida. Eu tinha que ficar quieta, não podia falar nada. Se eu batia de frente, apanhava mais”, conta a vítima.

Ao longo dos anos, Amanda enfrentou diversos tipos de violência. Além da física, a dona de casa sofreu violência sexual, psicológica e precisava lidar com o marido agressivo e ciumento.

A relação, segundo Amanda, também foi marcada por imposições humilhantes. “Ele dizia que eu tinha que obedecer, porque ele era meu dono. Mandava eu pintar o cabelo de vermelho, usar roupa curta. Ele me obrigava até a ir a casas de swing e orgias contra a minha vontade”, narra a vítima.

Amanda foi parar diversas vezes no hospital devido às agressões. “Tenho foto do braço enfaixado, costela trincada. Tudo isso está no processo”. Além disso, ela afirma que Fernando praticou alienação parental com as duas filhas. “Ele cumpriu o que prometeu: disse que ia tirar tudo de mim e fez. Virou a cabeça das meninas contra mim, me deixou sem nada”.

A perseguição também continuou após a separação, há cerca de três anos. Mesmo com medida protetiva, ele perseguia a vítima de moto, ficava rodeando a casa onde ela morava. “Eu vivia com medo. Até tornozeleira eletrônica ele usou, mas continuava descumprindo”, conta.

Segundo Amanda, Fernando Salomão chegou a ser preso recentemente por perseguição e descumprimento da medida judicial.

Apesar de anos de sofrimento, Amanda diz que encontrou forças na fé e na promessa que fez durante a gestação da filha caçula. “Prometi a Deus que, se ela nascesse saudável, eu nunca mais ia me curvar a ele. E cumpri. Foi quando comecei a dizer não e decidi me separar”.

Hoje, em tratamento psiquiátrico e psicológico, ela pede apenas paz e que a Justiça cumpra seu papel. “Quero que ele pague por tudo que fez. O que eu posso dizer para outras mulheres é: não aceitem. Sei que é difícil, porque eu mesma demorei 21 anos para sair, mas procurem ajuda. A violência destrói o psicológico, deixa marcas para sempre”.

 

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