A representante comercial Tatyane Terra da Silva, de 30 anos, enfrenta um desafio e tanto para dar prosseguimento no tratamento do seu filho, o adolescente Kayque Silva dos Santos, de 14 anos, que passou por uma cirurgia recentemente diante de uma queda que sofreu e quebrou o braço esquerdo. O problema é que ela não consegue nenhum lugar para trocar o curativo em Campo Grande.
Em desabafo feito nas redes sociais, ela explica que chegou a levá-lo na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, onde de lá foi encaminhada para a Santa Casa para que o garoto passasse por cirurgia. Nos primeiros dias, tudo saiu como planejado: internação, cirurgia e alta.
Porém, ainda no mês de julho, ela começou a peregrinar na tentativa de que ele conseguisse trocar o curativo. Uma agente de saúde informou que o procedimento era simples, já que poderia ser realizado em posto ou unidade de saúde e até mesmo no CEM (Centro Especializado Municipal), mas as negativas começaram a surgir com a justificativa de que a ida teria ser marcada com antecedência.
Tatyane afirma que tentou ligar, ir até o centro especializado, mas nada: tudo tinha que ser antecipado. "Tivemos o retorno na Santa Casa no dia 15 de julho, o médico falou para ele ficar mais umas três semanas com ferro para poder retirar. Passei na recepção, marquei o raio-x dele para o dia 1° de agosto e o retorno dele para o dia 5. Até aí tudo bem, desci no centro para marcar o retorno do curativo que é perto da Santa Casa, marcaram para o dia 12 porque no caso ele já teria tirado os ferros e seria mais viável", explicou.
Contudo, nesse vai e vem da mãe, cerca de 15 dias já haviam se passado e nenhum curativo foi realizado em Kayque. E para piorar a história, houve erro na inserção do nome do garoto. "Fomos na Santa Casa no dia 1° para fazer o raio-x para entregar no dia 5 para o doutor tirar os ferros, chegando lá fizeram o cadastro do meu filho em nome de outra pessoa com os documentos de outra pessoa", disse a mãe, que não conseguiu entender como isso teria acontecido.
Por conta do erro, o adolescente e a mãe perderam a consulta previamente marcada. Questionando se havia como reparar o erro, funcionárias teriam dito que ão tinha o que fazer e a opção mais viável era remarcar a consulta, situação que foi aceita pela representante comercial, visando o bem-estar do filho.
Mas a dor de cabeça viria logo na sequência.
"Passamos no CEM para ver se a gente conseguia fazer um curativo, a mulher disse que não podia fazer encaixe, que encaixe era só de manhã porque estava com pouco funcionário, sendo que não tinha nenhum paciente para ser atendido.O último paciente estava saindo da sala dela, falei para ela que estava marcado para o dia 12, porém aconteceu todo esse transtorno na Santa Casa e ficou marcado para o mesmo dia da consulta e que ele precisava fazer o curativo", alegou a mãe de Kayque, mas sem sucesso. "Eu saí de lá muito estressada, chateada", completou.
Tatyane não vê outra saída a não ser desembolsar uma quantia numa clínica para que seu filho consiga fazer o curativo. Conforme dito pela mãe, o adolescente não recebe um curativo por conta do jogo de empurra e erros do CEM e da Santa Casa há quase um mês.
"É um descaso ela falar para mim, na situação que tá o braço dele, há mais de 15 dias sem curativo, para mim, marcar para daqui a 10 dias. É um absurdo, um descaso, eu estou revoltada com tudo isso", frisou.
A reportagem do TopMídiaNews entrou em contato com a Santa Casa para entender o erro que havia sido cometido e aguarda o retorno. Também entramos em contato com a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) para saber por qual motivo não foi realizado o curativo e também aguardamos o retorno. Espaço segue aberto para manifestações futuras.