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Campo Grande

há 5 anos

Um mês após morte de idosa, família ainda não tem respostas sobre conduta de médico em UPA

Família acusa médico de negligência por supostamente ter se recusado a enviar um resultado de exame que facilitaria transferência de idosa para hospital

Mais de 30 dias depois da morte da mãe Maria do Carmo de Souza Oliveira, 72 anos, na UPA Leblon, em Campo Grande, o auxiliar de enfermagem aposentado, Evandro de Souza Oliveira, 47 anos, luta por justiça.

Ele quer provar que o médico plantonista, que é cirurgião plástico, foi negligente. A família realizou um protesto em frente a unidade e quer punição para o médico.

Evandro postou sobre a morte da mãe no grupo Aonde Não Ir em Campo Grande, e o mau atendimento foi comentado por centenas de campo-grandenses. 

Ele, que já trabalhou anos como auxiliar de enfermagem, diz que o que mudou nos últimos dias foi o fato de ter recebido um documento da Sesau (Core) que relata todo o histórico da paciente. 

A mãe morreu no dia 9 de junho, ao sofrer uma parada cardiorrespiratória, após sete horas, internada. Segundo ele, consta que a regulação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) solicitou que o médico enviasse imagens do exame de eletrocardiograma de Maria do Carmo por seis vezes, para rever a classificação e transferência dela para um hospital, mas houve a recusa do médico, uma vez que o equipamento da unidade estava estragado.

O aposentado diz que o médico afirmou que não poderia tirar foto do exame pelo aparelho celular, e se baseou em um decreto municipal que proíbe o uso do eletrônico no expediente. “Ela tinha classificação 2 e, com o envio do exame, a regulação poderia classificar 1 ou 0, mas o médico não fez questão de nada. A regulação entrou seis vezes em contato pedindo o exame e ele não respondeu. Poderia sim, ter enviado por foto, ou ter explicado o resultado por mensagem de voz, mas ele é um assassino, negligente, e não teve compaixão com uma senhora idosa. Minha mãe ficou 7 horas agonizando na maca da Upa”, diz Evandro. 

Família realizou protesto nas ruas do bairro

(Reprodução Facebook)

Indignado, Evandro afirma que acima de um decreto que proíbe registro de imagens está a obrigação de um médico salvar vidas. Ele diz que o cirurgião plástico não deveria estar cumprindo plantão na Upa e considera que houve homicídio culposo no local. “Eles viram minha mãe morrendo, e não fizeram nada. As assistentes sociais, auxiliares e o médico. Ele poderia ter enviado o resultado de exame para a regulação e minha mãe ser transferida, mas não teve boa vontade”.

Ele afirma que entrou com processo na Justiça e denunciou o médico no Conselho Regional de Medicina. Evandro também vai entrar com denúncia no Ministério Público. 

Na semana passada, a família realizou um protesto na frente da unidade. “Decidi procurar a Justiça, nem que isso custe a minha vida”.

Sesau

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Saúde informou que "foi aberto processo de sindicância para apurar possível negligência no atendimento deste paciente".

"O trâmite a partir da indicação de uma comissão que irá cuidar do processo, o prazo para que haja uma deliberação é de 30 dias, podendo ser prorrogado por mais 30 dias, se necessário. Neste período todos os servidores envolvidos deverão ser ouvidos e será análisada a medida cabível a ser tomada", diz nota.

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