Após ter 70% do corpo queimado, o Operador de Máquina Agrícola, João Batista Alves Ferreira, 43 anos, não desistiu da vida e, ao lado da esposa, vende balas no cruzamento da Avenida Rui Barbosa, com Avenida Mato Grosso, em Campo Grande.
João está fazendo tratamento na Santa Casa e relembra que achou que não ia resistir aos ferimentos.
“Estava em Ribas do Rio Pardo, cortando lenha. Eu carregava combustível na motosserra para dentro do mato. Tirei gasolina e esqueci a tampa do tambor aberto. Eu andando, o tambor virou e derramou gasolina dentro do carro, mas eu não vi. Fui acender um cigarro, o fogo veio e me arremessou para fora do carro. Fiquei internado em Água Clara e me transferiram para cá. Eu achei que não ia aguentar, a dor era tanta que eu pedia para morrer”, relembra João.
Segundo João, a equipe médica já disse que a recuperação é lenta e voltar a trabalhar no sol, vai demorar meses.
“Eu ainda sinto dor e a médica falou que vai demorar para que eu consiga voltar para minha profissão. Trabalho no sol e, por enquanto, tenho que me manter longe dele”, diz João.
João sobreviveu a explosão e trabalha vendendo balas em Campo GrandeJoão sobreviveu a explosão e trabalha vendendo balas em Campo Grande
Posted by TopMídia News on Thursday, February 17, 2022
Sem renda, Luciana Bernardes, 45 anos, resolveu comprar doces para vender e garantir o alimento dela e do marido.
“Estamos nessa casa de apoio, aqui eles dão café da manhã e almoço de segunda a sexta-feira. Na janta fica por nossa conta. Fim de semana, todas as refeições são por nossa conta. Eu pensei em vender bala para garantir pelo menos nossa alimentação e tem ajudado. Conseguimos vender aqui no semáforo”, diz Luciana.
Foto: Silas Lima
Ela conta que a população tem ajudado bastante. “Tem gente que para e compra, tem gente que dá o dinheiro e não leva as balas. Graças a Deus, estamos recebendo ajuda. Aqui qualquer doce, sai por R$ 2”, diz Luciana.
Para ajudar o casal ligue (67) 9.9821-7044. O telefone funciona apenas para ligação.
Foto: Silas Lima