Você pode acreditar ou não em aquecimento global, mas o fato é um só: a quantidade de dias de alta temperatura não para de crescer em Campo Grande e Mato Grosso do Sul. Em pouco mais de duas décadas, quase duplicou.
Os dados foram compilados pelo jornal estadunidente New York Times, um dos maiores do mundo, inclusive com comparação online com referência à data de nascimento do leitor.
Para se ter uma ideia, em 1980, há 36 anos, Campo Grande tinha 49 dias com 32ºC ou mais. Hoje, 2020, são 87 dias.
Este começo de outubro tem sido marcado, em todo Mato Grosso do Sul, por recordes de altas temperaturas, com sensação térmica passando dos 50ºC e termômetros marcando nominalmente até 44ºC.
2020 também tem sido marcado pela queima recordem em décadas de dois dos maiores biomas brasileiros: o Pantanal e a Amazônia. Aqui em Mato Grosso do Sul, a quantidade de focos de incêndio é a maior em 33 anos, conforme dados do próprio Governo Federal.
Para quem ainda duvida, aquecimento global é o processo de aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da Terra causado por massivas emissões de gases que intensificam o efeito estufa, originados de uma série de atividades humanas, especialmente a queima de combustíveis fósseis e mudanças no uso da terra, como o desmatamento. No centro de discussão ideológica, o processo é negado por políticos como Donald Trump e Jair Bolsonaro.