A defesa de Thiago Giovanni Demarco Sena, 26 anos, e Wilian Enrique Larrea, 36 anos, vai usar vídeos de câmeras escondidas do Silvio Santos, durante o julgamento pelo assassinato de Wesner Moreira da Silva, na manhã desta quinta-feira (30), em Campo Grande. A ideia é minimizar o impacto do jato de um compressor.
Conforme apurou o TopMídiaNews, serão usadas quatro gravações, entre elas, uma famosa ''câmera escondida''. O pedido foi feito em 23 de março e aceito pela Justiça.
Em uma das gravações, mulheres de saia passam em cima de um ralo de escoamento de água da chuva. O executor da pegadinha então ativa um jato de ar de um compressor e as vestes do alvo da pegadinha se levantam.
Wesner foi morto com compressor no ânus, em 2017. (Foto Arquivo pessoal)
Compressor
Conforme a investigação, foi o uso de um compressor de ar, no ânus de Wesner, que provocaram feridas no intestino e levaram à morte dele, em 14 de fevereiro de 2017. Os dois acusados garantem que não introduziram o equipamento no órgão excretor da vítima e não tiraram a cueca dele.
A acusação mostrou, durante o processo, que os jatos de ar mirados em determinadas partes do corpo humano, podem causar danos irreversíveis e até a morte. Foi o caso de Wesner, que ficou 11 dias internado e morreu.
Os réus foram a júri popular, onde são julgados na 1ª Vara do Tribunal do Júri, sob a condução do juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida.
Thiago Sena é um dos réus por matar Wesner. (Foto: Marco Codignola)
Crime
Wesner era funcionário de um lava a jato, de propriedade de Thiago Sena, na Avenida Interlagos, na Capital. No local, também trabalhava Willian Enrique Larrea, o outro réu no processo.
Segundo o próprio Wesner disse à polícia, quando estava internado, no dia do crime, Willian pegou um pedaço de pano usado para secar os veículos e começou a bater nele. A vítima pediu para parar com os ataques, mas Larrea prosseguiu.
Wesner então correu, mas foi perseguido e segurado pelas duas pernas, por Thiago. Willian então introduziu a mangueira do compressor no ânus do adolescente, que passou mal, tamanha a pressão do ar.
O menor foi socorrido e, por último, foi internado na Santa Casa. Ele ficou sete dias em tratamento, mas não resistiu aos intensos ferimentos no intestino, em 14 de fevereiro.