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Campo Grande

Base de Bernal defende intervenção na Solurb e afastamento de sócios

08 outubro 2015 - 12h15Por Dany Nascimento

Diante do impasse entre a prefeitura e a Solurb (concessionária responsável pela coleta de lixo na Capital), que anunciou greve novamente nesta quinta-feira (8), a vereadora Luiza Ribeiro (PP), que compõe a base do prefeito Alcides Bernal (PP) na Câmara Municipal, afirmou que estudos estão sendo realizados pela Procuradoria-Geral do Município para que uma intervenção seja feita, com objetivo de afastar os donos da empresa.

Conforme Luiza, a prefeitura analisa a possibilidade de nomear um interlocutor, que deve assumir o setor financeiro da Solurb para que os serviços sejam executados sem gerar caos na cidade.

"Como a prefeitura não esta preparada para colocar caminhões e funcionários para realizar este trabalho, o objetivo é fazer a intervenção, ou seja, a prefeitura entra na empresa, nomeia um interventor e vai dirigir a empresa. Ele entra no local, ocupa o setor do financeiro, comunica os bancos, os funcionários e utiliza a mesma estrutura, já que a Solurb atende exclusivamente a prefeitura da Capital. Os donos são afastados da empresa através dessa intervenção", explica Luiza.

A parlamentar garante que já conversou com Alcides Bernal e que a intevenção será implantada pelo prefeito nos próximos dias, colocando um ponto final nessa 'queda de braço'. "Eu conversei com o prefeito e, ao que tudo indica, isso deve ocorrer nos próximos dias. Essa empresa está toda desorganizada, todos sabemos que ela pertence ao empresário João Amorim que está sendo investigado pela Polícia Federal e a realizada é que a empresa não está conseguindo atender o serviço firmado em contrato, sendo que na gestão do prefeito afastado Gilmar Olarte (PP por liminar), eles estavam recebendo quase R$ 9 milhões nos últimos meses. Todos sabemos que a empresa de João Amorim foi direcionada para vencer a licitação e oferecer o serviço para a Capital".

Luiza ressalta que a prefeitura tem obrigação de garantir o serviço de coleta de lixo, levando em consideração que a população paga uma taxa pelo recolhimento no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

"A Solurb é uma concessionária de serviço publico municipal, serviço que a prefeitura paga através da contribuição de cada um de nós através no IPTU. Todos tem percentual destinado para limpeza urbana e esse serviço pode ser feito pela prefeitura, como por terceiros", afirma a parlamentar.

De acordo com Luiza, a prefeitura não pode simplesmente romper o contrato, ela tem obrigação de continuar oferecendo o serviço para a cidade e com a intervenção, o impasse teria um fim e os serviços seriam prestados corretamente.

Greve

Os 1.080 funcionários da CG Solurb resolveram voltar com a paralisação da coleta no lixo em Campo Grande e afirmaram que não receberam o pagamento que estava previsto para ontem (7). Os trabalhadores se reuniram na frente da empresa e decidiram que a coleta não será realizada hoje.

A greve preocupa a população da Capital, já que o lixo da última paralisação acabou de ser 'zerado'. Mas o presidente do Steac-MS (Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), Wilson Gomes da Costa, já tinha alertado anteriormente que se o pagamento não fosse feito eles deveriam tomar essa atitude.

Segundo Wilson, os funcionários também não receberam o vale alimentação no valor de R$ 373,00, que havia sido acordado com a categoria que seria pago junto com o salário, porém, o combinado não ocorreu.