Após 15 dias de batalha, Grazieli Aparecida Reis, 30 anos, conseguiu a transferência da bebê Alice Reis Conte, de 15 dias, para o Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian) de Campo Grande.
A menina nasceu com os órgãos expostos e a Justiça já autorizou a transferência, que ainda não havia sido cumprida.
A criança corria risco de morte. De acordo com a mãe, a doença rara já era conhecida desde a gestação.
Batalha
Primeiro, ela e o marido foram ao Hospital Universitário, mas o parto ocorreu na Santa Casa.
A mãe o pai da criança, que vieram de São Gabriel do Oeste, foram informados que a filha possui uma condição extremamente rara e nenhum hospital do MS tem atendimento urológico infantil necessário para o caso.
Apenas hospital público ou particular, especializado, pode dar conta do tratamento.
Os pais então foram à Justiça e obtiveram decisão favorável, que obrigava o Estado a promover a transferência da bebê até unidade de saúde especializada, fora do MS. No entanto, a liminar saiu no dia 3 de junho e tinha prazo de 12 horas para ser cumprida. Até agora nada.
A criança ficou na UTI Neonatal da Santa Casa com a bexiga exposta, além de órgãos do trato urinário, intestinal e genital terem sido ''expulsos'' do corpo da criança.
''A bexiga dela que nasceu pra fora, está cada dia mais machucada por conta dos curativos e o hospital não sabe mais como agir'', desabafou Grazieli.
''Tá saindo pedaços de sangue do estômago dela'', lamentou novamente a mãe.