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Campo Grande

Bernal diz que policiais estavam na Câmara apenas 'assistindo sessão'

23 outubro 2015 - 10h02Por Dany Nascimento

O prefeito Alcides Bernal (PP) afirmou ao TopMídiaNews que não enviou Policiais Militares para fazer a segurança da vereadora Luiza Ribeiro (PPS) na Câmara Municipal e garantiu que estará na Casa de leis às 14 horas, conforme foi solicitado pelos vereadores, com objetivo de esclarecer a confusão de ontem.

Bernal ressaltou que os militares estavam na Casa como cidadãos normais, acompanhando a sessão ordinária. Sobre os dois policiais estarem portando arma de fogo no plenário, o prefeito disse que isso não coloca em risco a vida das pessoas, já que a arma é o instrumento de trabalho para eles.

Questionado sobre ir à Câmara acompanhado dos policiais, Bernal afirma que pode responder apenas por si próprio, já que não "é comandante da Polícia Militar". "Faço questão de ir à Câmara, fui convocado e estarei no local. Mas eu não sou comandante da polícia para fazer os policiais irem. Não sou o chefe deles, quem é chefe que deve definir".

Alcides criticou a atitude dos vereadores, que repudiaram a presença dos policiais no local e questionou a presença do Policial Civil Maurício Scaff. "Essa questão dos dois policiais no plenário é absurda, não mandei policiais até a sessão. A arma é o instrumento de trabalho deles, eles possuem permissão para andar com elas. Eles estavam acompanhando a sessão normal, eu fico feliz quando me deparo com a presença de policiais, acho importante e me sinto mais seguro e não ofendido como os vereadores se sentiram. no meu ver, a presença de polícia incomoda bandidos e não cidadãos de bens. Engraçado que o Maurício estava na Casa e ninguém questionou a presença dele. Falam que foi fazer visita, o engraçado é que ele sempre está no meio de políticos como Mario Cesar e Flávio César", afirma Bernal.

Para o prefeito, a atitude dos parlamentares acaba desviando o foco e abalando Luíza, que também destacou que não solicitou a presença dos policias na Casa. "Isso não pode acontecer, estão tentando desviar o foco, estão agredindo a moral da vereadora, ela está sofrendo com esses acontecimentos. Colocam apelidos que agridem a honra da vereadora, deixam o depoimento dela, que seria sigiloso vazar, eu nunca imaginei que isso fosse acontecer, coagiram ela moralmente".

Entenda o caso

Durante a sessão ordinária realizada ontem (22), os vereadores se irritaram com a presença de dois Policiais Militares que estavam no plenário da Câmara Municipal, 'fazendo a segurança da vereadora Luíza Ribeiro'. Ao serem abordados, os policiais afirmaram que estavam na Casa para fazer a segurança da vereadora e pediram para a imprensa fazer questionamentos apenas para a vereadora, dizendo que receberam 'ordens do céu' para permanecerem no local, voltando atrás em seguida, alegando que receberam ordens superiores para estarem na Casa.

Dessa forma, a sessão foi suspensa e o presidente da Câmara, Flávio César  (PT do B) convocou uma reunião para entender a presença dos militares no local. Ao voltar da reunião, Flávio garantiu que os policiais estavam na Casa porque foram enviados pelo prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP).

O presidente criticou a atitude de Bernal e pediu licença aos presentes para se retirar da Casa e se deslocou até o 3ºDP para registrar um Boletim de Ocorrência e convocou através de um requerimento de urgência, o prefeito e os policiais para comparecerem na Câmara hoje (23), às 14 horas para prestar esclarecimentos.

A vereadora Luzia Ribeiro fez o uso da palavra e garantiu que não solicitou a presença dos policiais, já que não se sente insegura no plenário, mesmo após ser criticada devido as afirmações que fez ao prestar depoimento ao MPE (Ministério Público Estadual), em um vídeo que vazou, ressaltando que não conhece os policiais.