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Campo Grande

01/06/2016 12:44

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Bernal reclama de espera, mas comemora denúncia da Coffee Break

O prefeito Alcides Bernal (PP) elogiou o desenrolar da Operação Coffee Break com a entrega do relatório para o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul e afirma que a Justiça está atendendo ao 'clamor da população'. "Temos que confiar na Justiça, a Operação demorou, mas começa a comprovar tudo o que vínhamos falando sobre esse golpe criminoso que tirou do poder um prefeito eleito pelas urnas", diz Bernal.

O Chefe do Executivo faz questão de pontuar que, se comparado com o afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), sua cassação gerou um prejuízo de 30% aos cofres da prefeitura. "Podemos até comparar, mas temos esse número de 30% que causou um dano irreparável para o município de Campo Grande. A cidade não parou, ela retrocedeu".

Alcides fez questão de pontuar que acredita que o desfecho da Operação deve tirar muitos políticos do poder e novos nomes devem surgir. "Ainda tem outros nomes que devem aparecer nas denúncias. Essa questão é de interesse público, baseado nas provas, essas pessoas que armaram um golpe devem ser punidas, mas ainda continuam no poder ocupando cargos eletivos. Confio na Justiça e espero a punição em breve. Pode demorar, eles podem ainda continuar no poder, mas acredito que serão punidos pelo prejuízo que causaram".

Questionado sobre os novos nomes, Alcides diz que prefere aguardar a conclusão da Operação, já que se trata de um processo que corre em segredo de Justiça. "Tudo tem seu tempo, acredito no Tribunal de Justiça porque quando deixamos a prefeitura, tinha R$ 698 milhões no cofre e, quando voltamos, encontramos uma prefeitura quebrada com mais de R$ 200 milhões em déficit".

O MPE (Ministério Público Estadual) apresentou denúncia criminal contra 24 suspeitos de participar de organização criminosa, com supostas práticas de corrupção ativa e passiva para cassar o mandato do prefeito Alcides Bernal.

A denúncia, elaborada após as investigações da Operação Coffee Break, foi protocolada no TJ-MS no início da tarde de ontem (31). Os documentos foram entregues em mídia digital diretamente na sede da instituição pelo volume de arquivos, que não pode ser anexado pela internet, no sistema online do Tribunal.

Na lista elaborada pelo Ministério Público Estadual, com base em investigações conduzidas por força-tarefa especial e pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), figuram políticos, empresários e servidores públicos.

Entre os nomes de maior destaque está o ex-governador André Puccinelli (PMDB), o prefeito afastado Gilmar Antunes Olarte (PROS) e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PTB). Também constam na denúncia o procurador da Câmara Municipal André Scaff, os empresários João Baird, João Amorim, Fabio Machinski e Carlos Naegele.

Foram indiciados ainda o ex-presidente da Câmara Municipal, vereador Mario Cesar (PMDB), Flavio Cesar (PSDB), Eduardo Romero (Rede), Gilmar da Cruz (PRB), Otávio Trad (PTB), Paulo Siufi (PMDB), Airton Saraiva (DEM), Jamal Salem (PR), Waldecy Chocolate (PTB), João Rocha (PSDB), Edson Shimabukuro (PTB), Edil Albuquerque (PTB), Carlão Borges (PSB), e o ex-vereador Alceu Bueno.

Também constam na lista os empresários Luiz Pedro Guimarães e Raimundo Nonato, responsáveis por apresentar a denúncia que culminou na cassação de Alcides Bernal. 

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