Começou o julgamento dos réus, Thiago Giovanni Demarco Sena, 26 anos, e do ex-funcionário dele, Wilian Enrique Larrea, na manhã desta quinta-feira (30), no Fórum de Campo Grande. Os dois são acusados de matar o adolescente Wesner Moreira da Silva, em fevereiro de 2017, ativando um compressor de ar no ânus da vítima.
Thiago mora com a família, em uma pousada na cidade de Bela Vista. Já Larrea mora na região do bairro Pioneiros, na Capiotal. Os dois, que nunca foram presos, encaram o júri popular nesta quinta-feira, que tinha previsão de começar às 8h.
A sessão será comanda pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande.
Tanto o piloto Thiago quanto o ex-funcionário Larrea são acusados de homicídio doloso. Conforme mostrou o TopMídiaNews, em diversas reportagens - algumas exclusivas – a família da vítima, sobretudo a mãe, Marisilva Moreira da Silva, clama por justiça.
Os parentes dizem que sofrem há seis anos e querem que os dois sejam punidos severamente. Eles se indignaram com a justificativa dos réus, que estavam apenas ''brincando'' com a vítima.
Os dois réus negam que tiveram intenção de matar a vítima. Eles argumentaram que estavam apenas brincando e não introduziram a mangueira do compressor no ânus do adolescente, mas sim próximo. Também destacaram que não tiraram a peça íntima do garoto, que tinha 17 anos, em 2017.
Família de Wesner quer punição severa para réus. (Foto: arquivo pessoal)
Crime
Wesner era funcionário de um lava a jato, de propriedade de Thiago Sena, na Avenida Interlagos, na Capital. No local, também trabalhava Willian Enrique Larrea, o outro réu no processo.
Segundo o próprio Wesner disse à polícia, quando estava internado, no dia do crime, Willian pegou um pedaço de pano usado para secar os veículos e começou a bater nele. A vítima pediu para parar com os ataques, mas Larrea prosseguiu.
Wesner então correu, mas foi perseguido e segurado pelas duas pernas, por Thiago. Willian então introduziu a mangueira do compressor no ânus do adolescente, que passou mal, tamanha a pressão do ar.
O menor foi socorrido e, por último foi internado na Santa Casa. Ele ficou sete dias em tratamento, mas não resistiu aos intensos ferimentos no intestino, em 14 de fevereiro