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Campo Grande

07/07/2021 15:00

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Burocracia faz entregadores desistirem de serviços em condomínios de luxo de Campo Grande

Prestadores de serviço contam histórias que vão desde o dono da casa não estar no local, a constrangimento na portaria por conta das regras. E você, já passou por perrengue em portaria?

Prestadores de serviço e entregadores delivery dizem que está cada vez mais difícil trabalhar em condomínios de luxo, em Campo Grande. Burocracia para entrar, contratante folgado e má educação da turma da portaria estão entre os problemas. 

O assunto foi levantado pela Laura Borges no grupo Aonde Não Ir em Campo Grande. Ela, que trabalha com decoração, reclamou que foi ao Villas Damha para recolher os objetos após o serviço, e foi proibida de entrar pela portaria mesmo estando com documentos digitais.

Laura também disse que a mulher não teve educação no atendimento. “A funcionária que fica na portaria de serviço foi ríspida e grossa, me pediu os documentos. Falei que tinha digital, pois hoje tudo é digital como a CNH digital, mas para ela só serve impresso, nesse frio, fiquei para fora, enquanto meu pai com CNH impressa entrou e recolheu.”

Outras reclamações

A partir do primeiro depoimento, dezenas de trabalhadores da cidade revelaram as dificuldades do dia a dia, quando se trata de serviços em residenciais. 

Michel Frank diz que está até evitando atendimento por conta da burocracia para entrar e depois reclamações por não conseguir entregar o produto. “Sou entregador e tenho tanto nojo desses Damha, às vezes os moradores são até de boa, mas a portaria é um c., mas só de raiva, toda vez que vou entregar neles, eu faço o morador vir na portaria. Falo que não tenho habilitação.”

Jaqueline Mendes questiona os motivos de tantas regras. “Tanta regra pra entra nesses condomínios e lá tem os piores bandidos de Campo Grande.”

Euler Rolon, que é motorista de aplicativo, contou que deixou de pegar corridas em condomínios de luxo da Capital para evitar transtornos. Porém, em uma das ocasiões foi convencido a ir pela passageira. “Um dia, uma mulher pediu uma corrida no Damha e eu disse que iria cancelar devido às burocracias na portaria, e ela me pediu ‘pelo amor de Deus’ para não cancelar".

"Ela é uma dentista que estava de férias, e machucou a coluna na praia. Tinha marcado com um fisioterapeuta e não podia desmarcar de jeito nenhum e também não podia dirigir, apesar te terem dois carros na garagem”, contou.

Franccielly Silveira também diz que já passou por experiência ruim. “Os funcionários todos de lá são um pior que o outro. Também já tentei fazer várias entregas lá e o morador não estava na residência. Pedi pra deixar na portaria, mas eles sempre se recusam a receber, aí levo de volta e o cliente ainda acha ruim porque levei de volta. Povo mal-educado, sem caráter de profissional, tenho pavor quando tenho que ir lá.”

‘Só estão trabalhando’

Na defesa dos funcionários das portarias de residenciais, Maria Santos, que também exerce a função, afirma que a situação é por conta das ordens do contratante. 

“Às vezes não é por maldade que eles fazem isso. Eu trabalho em condomínio e são tantas regras que a ADM nos impõem que se não seguir somos mandados embora. Só a falta de educação e empatia que não pode ocorrer, isso já é demais.”

Para Mirianny Elena Freitas, o problema também está nos funcionários. 

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