A denúncia divulgada pelo TopMídiaNews contra o gerente da UBSF Macaúbas, há alguns dias, fez trazer à tona outro caso envolvendo a Unidade Básica de Saúde Pioneira, em Campo Grande, com relatos de assédio moral por parte do gestor da UBS contra funcionários e pacientes.
O pedido de ajuda veio acompanhado de um áudio, gravado durante uma reunião, no qual o gerente, que se diz "cria de um ex-prefeito", mas que na última eleição para vereador da Capital angariou apenas 56 votos, gritou com os servidores dizendo que iria naquele momento "para a Sesau pedir a disponibilidade".
Entretanto, as ameaças não foram concretizadas e o gerente continua na Unidade, causando transtornos para quem precisa frequentar o local.
De acordo com a denúncia, o acusado de praticar os assédios morais está no cargo há menos de um mês, mas teve tempo suficiente para causar todos os problemas.
Um abaixo-assinado feito por funcionários e moradores da região, que contou com mais de 400 assinaturas, pede pela saída do responsável que, em consulta rápida ao sistema do Poder Judiciário, reúne a quantia de 22 processos aos quais ele está envolvido.
Dentre os assédios cometidos por ele, estão a humilhação de servidores e pacientes, além de relatório contra funcionários, colocando os mesmos à disposição sem justificativa.
O conselho da Unidade, que é formado por servidores e por membros da comunidade, redigiu uma carta encaminhada à diretoria do Distrito Sanitário do Anhanduizinho, relatando tudo que tem ocorrido desde a chegada do gerente à UBS.
Nossa equipe teve acesso ao documento e, em um trecho, é relatado que "desde a lotação desse gerente, nesta unidade, os servidores passaram a trabalhar em um ambiente tóxico, vexatório, devido ao comportamento grosseiro, agressivo, sem o mínimo de educação possível, tanto com funcionários quanto população, levando alguns funcionários a terem crise de pânico e de ansiedade".
Por conta das atitudes, o rendimento de muitos profissionais tem ficado abaixo do esperado, o que está repercutindo no atendimento aos pacientes.
"Os funcionários estão se sentindo intimidados, sem disposição para trabalhar, desmotivados e relatam que estão muito desconfortáveis com tal tratamento por parte do gerente. O que acaba prejudicando de forma direta os atendimentos à população, também relatam tal abuso, inclusive a gravação de áudios".
Por fim, destacam, também, que são proibidos de mexerem no computador do gerente, que os ameaça dizendo ter cargo comissionado e ser protegido por políticos.
"Ele acusa funcionário de mexer no computador dele, que não é dele e sim da unidade e SESAU, ameaça colocar funcionário a disposição, internar funcionário em hospital psiquiátrico, que ele tem influência para isso, imprime prontuário de funcionário. E ainda usa o nome da SESAU, dizendo que ele é do gabinete e pode fazer o que quiser porquê ele é comissionado, tem cargo de confiança e repete muitas vezes EU SOU CRIA DO MARQUINHOS TRAD", escreveram.
Ao final do documento, pedem a substituição do gerente da Unidade, diante de todos os fatos relacionados e apresentados na denúncia.
Nossa equipe tentou entrar em contato com a SESAU, mas não teve retorno até a publicação desta matéria.