Ao retornar do trabalho, debaixo de chuva, a costureira Elza Teles, 48 anos, entrou em pânico ao perceber que a tempestade que caiu na Capital, na tarde de ontem (30), destruiu o muro de sua residência no bairro Universitário e danificou móveis. Elza destaca que havia construído o muro da residência há seis meses, que veio ao chão.
"Eu fiz o muro tem seis meses e agora desabou. Gastei R$ 2,5 mil para fazer e agora está tudo no chão. Voltei do trabalho era umas 18 horas, de início vi que o muro havia desabado, meus coelhos estavam se afogando na água que ficou acumulada no quintal, a gaiola deles a água levou. Meu fogão e minha geladeira estão cheios de barros", explica a Elza.
Família faz a limpeza do local - Foto: Repórter Top
A moradora destaca que entrou em contato com a polícia após o incidente, que pediu a ela que solicitasse ajuda da Defesa Civil, que se negou a prestar qualquer tipo de atendimento no local. "Eles disseram que não vão atender porque tem muita coisa para fazer na cidade, muitos locais ficaram assim e garantiram que não vão ajudar em nada na minha casa".
Após ter o pedido negado pela Defesa Civil, Elza afirma que tentou contato com a Seinthra (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) e, ao pedir ajuda, foi informada que os entulhos do quintal são considerados serviços particulares, mesmo vindo por enxurradas. "Eles mandaram a gente se virar. Agora tem o muro destruído, tem galhos, matos, sujeira que veio de fora e não temos como mexer com isso".
De acordo com Elza, a queda pode ter sido provocada pela grande quantidade de água que entrou pelo quintal do vizinho, já que ele quebrou o meio fio da calçada para conseguir guardar o veículo na garagem, o que pode ter facilitado a entrada de água. "Ele quebrou bem a calçada, dai entrou mais água e destruiu meu muro. Meu filho já tentou conversar com ele, mas ele falou que foi a força da natureza, que não vai ajudar em nada".
Chuva deixou rastro de destruição - Foto: Repórter Top
Elza conta agora com a ajuda da população para solucionar o problema e ressalta a insegurança de deixar o lar sozinho para ir ao trabalho. "Agora como é que eu vou trabalhar, como vou deixar minha casa sem muro assim? Se alguém puder me ajudar, eu agradeço de coração. Eu não esperava por isso, agora estamos em pânico e não temos dinheiro para tirar tudo isso daí".
Quem quiser ajudar a moradora basta liga no (67) 9 9213-6035.