O dia de passeio entre mãe e filha não terminou nada bem para Cibely Matos, de 26 anos e sua mãe, de 58 anos. Na tarde da última sexta-feira (22), elas foram ameaçadas por uma cabeleireira do salão Pura Elegância, que cobrou o quadruplo do preço combinado antes de iniciar os serviços no centro de Campo Grande.
Em contato com a reportagem, a jovem explicou estar no centro com sua mãe, quando foi abordada por uma funcionária relatou os serviços que eram feitos no salão de beleza e fez uma proposta para fazer o cabelo.
Ela relatou que gostaria de fazer uma mudança no cabelo e indicou querer fazer luzes. Nesse meio tempo, entre conversa e negociações, o preço acordado pelo serviço ficou em R$ 320, sendo R$ 120 somente da filha e R$ 200 no serviço para sua mãe.
Cibely disse que gostou do serviço, mas ficou chateado porque sua mãe não gostou do resultado. No entanto, o problema ainda estava por vir ao ouvir da cabeleireira que o preço total ficaria em torno dos R$ 1,4 mil, quatro vezes acima do valor oferecido inicialmente.
A mudança de preço teria causado indignação na jovem, que passou a argumentar o porquê da mudança de valor tão repentinamente e que teria sido quebrado o acordo antes de iniciar os serviços. Porém, a postura não teria sido bem aceita pela proprietária que passou a ameaçá-la.
No boletim de ocorrência, que a reportagem teve acesso, a cabeleireira disse que "se não pagassem elas iriam furá-las ali dentro mesmo".
"Minha mãe ficou com medo deles fazerem alguma coisa", contou Cibely. Mesmo com muita relutância, a mãe decidiu acatar a situação e fazer o pagamento do valor alterado.
A jovem, contudo, relatou que além das ameaças, ela e sua mãe sofreram intimidações por parte do namorado da mulher que fez os serviços, e que ele fazia a menção de estar armado.
"Sentimento é realmente enganada. Lá embaixo ela combinou um preço, assim que estava acabando o serviço, ela falou outro preço. Não sei se isso encaixa em estelionato, mas a gente está recorrendo aos nossos direitos. Mas a gente realmente se sente enganado, porque fala um preço e cobra outro".
Ela conta que é a primeira vez que isso acontece, principalmente pelo fato de ter passado por outros salões da galeria que fica na rua 14 de Julho.
"Agora eu vou ter que ir atrás do Procon. E sinceramente eu nem sei se vou recuperar o dinheiro, eu acho difícil. Mas eu fiz mais isso para ninguém mais ser enganado, porque, ou pelo menos, as pessoas saberem e ficar atentas, porque ninguém merece passar por isso", disse para a reportagem.
O TopMídiaNews entrou em contato com o salão citado, mas não teve as ligações atendidas. O espaço segue aberto para qualquer manifestação a respeito do caso.
Na delegacia, o caso foi registrado como ameaça na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro e será investigado.