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Campo Grande

20/09/2021 07:00

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Com apenas 1 ano, Emanuelly sofre com hérnia e na fila para cirurgia em Campo Grande

Família quer urgência para a operação, mas médicos fizeram classificação amarela: "ela não dorme de tanta dor. Vivemos no posto e só tacam remédio na minha filha", diz mãe

Emanuelly Vitória Alves Lima, que tem apenas 1 ano e cinco meses, já sofre com uma hérnia no umbigo, dores e fila extensa do SUS (Sistema Único de Saúde) para realizar cirurgia. A mãe Simone Alves Machado, 34 anos, auxiliar de produção, conta que o martírio é grande e que vive em postos de saúde desde que doença foi descoberta. 

“Minha gestação foi de risco, e fizeram parto normal. Ela chegou a engolir fezes e precisou de cuidados posteriormente. Quando ela fez quatro meses, o umbigo começou a sair para fora, em forma de bolinha. O médico disse que era hérnia e encaminhou para cirurgia com classificação amarela. Mas passou o tempo e não tivemos confirmação de nada.”

Ela conta que levou novamente no médico na semana passada porque a criança sente muita dor, além disso, outra bolinha semelhante surgiu também na região do umbigo. “Levei ela novamente e a médica disse que era outra hérnia. Passou remédio e falou que, provavelmente, só quando estourar que vão operar.”

O marido de Simone foi atrás de ajuda para agilizar a cirurgia já encaminhada e recebeu a notícia de que o cadastro da criança havia sido classificado como verde, ou seja, ainda mais distante de um procedimento. “A assistente social afirmou que ela tinha sido reclassificada para área verde na cirurgia. Meu marido reclamou e ela garantiu que ia solicitar nova classificação.”

A mãe afirma que realizou ultrassonografia na criança na sexta-feira (18) na Upa Vila Almeida, e a médica teria dito que a hérnia já atingiu o intestino.

“É um sofrimento muito grande. Tem dias que ela fica sem dormir. A gente vive nas Upas e eles tacam remédio para melhorar. Dizem que só vão operar se for caso de ter sido estourado. Aí quer dizer vão esperar minha filha praticamente morrer e estourar a hérnia para operar? Eu só peço que a Sesau agilize isso, porque ela é um bebê ainda e precisa muito”, apelou a mãe.

O que diz a Sesau

Em nota, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) afirmou que "a paciente em questão foi inserida no sistema de regulação em dezembro do ano passado e deverá ser referenciada para consulta no Centro de Especialidades Infantil. Ressaltamos que, pouco antes da inserção da criança no Sisreg, a Sesau realizou um mutirão de cirurgias gerais infantis em parceria com a maternidade Cândido Mariano, e, entre elas, estava a de hérnia umbilical, na época foram feitos 60 procedimentos, zerando a fila para este problema".

* Matéria editada às 13h12 para inclusão da resposta da Sesau

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