A sessão da Câmara desta terça-feira (23) foi marcada por protestos e gritos de mães de crianças com deficiência. Segundo elas, os filhos estão há dois meses sem poder frequentar as aulas por falta de professores de apoio.
Naina Dibo, mãe de uma criança especial e representante do grupo, afirma que mães, pais e responsáveis estão fartos das idas e vindas na Semed (Secretaria Municipal de Educação). O problema já foi tema de matéria no TopMídiaNews [clique aqui para ver]
"Já fizemos de tudo. Fizemos ofícios e não resolvem. Nossos filhos estão sem ir à escola. Esse é um direito deles. Tem criança autista aqui com 2 meses fora da sala de aula e eles não podem estar na escola somente porque são deficientes. A Semed alega o benefício e-social pela falta de contratação."
Segundo Naina, existem 120 crianças fora das salas de aula em Campo Grande e a pasta indica que somente em 2 de junho os professores estarão lotados.
Rita Lucia, uma das mães, afirma que a política não pode prevalecer sobre um direito. "Estamos cansados, não podemos deixar que a questão política atrapalhe a vida escolar dessas crianças."
Presidente da Comissão de Educação da Câmara, o vereador Valdir Gomes (PSD) disse que a Semed pecou em não realizar uma transição entre os professores que saíram e os novos. "A educação foi falha com essas crianças que estão sentindo rejeitadas pela falta desses professores."
O que diz o secretário?
O presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges (PSB), ligou para o secretário de Educação, Lucas Bittencourt, e ele deu prazo do dia 2 de junho para resolver de forma efetiva o problema.
O que diz a prefeita?
Posteriormente, o vereador Carlão destacou que conseguiu ligar para a prefeita Adriane Lopes e esta teria prometido solucionar a problemática ainda nesta quarta-feira (24).