Com alzheimer e acamado desde julho de 2021 quando sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), Orbado Figueiredo, de 77 anos, perdeu suas funções motoras e sua esposa, 59, há seis meses luta para conseguir apoio da Justiça para ter acesso a fraldas e dieta pela rede pública.
Dificuldade financeira, humilhação, e mau atendimento, são as situações que o casal passa desde que iniciaram a busca pelo apoio da Defensoria Pública para conseguir os insumos, mas sequer conseguiram passar pelo primeiro atendimento de acolhimento.
Todo o processo burocrático ainda está estagnado por conta de erros cometidos na UBSF (Unidade Básica de Saúde e da Família) do bairro São Conrado.
"Estou tentando agendar atendimento com a defensoria, mas por conta de má informação na unidade perto da minha casa o problema se estende", diz Josera Gomes de Lima Silva, esposa de Orbado.
O marido teve um AVC no ano passado onde ficou internado por 28 dias no Hospital Regional, dali em diante a esposa foi avisada que o marido não responderia mais e viveria acamado.
Orientada a procurar o posto de saúde mais próximo de sua casa para conseguir o encaminhamento a Defensoria, as dores de cabeça começaram.
"A primeira vez eu não consegui pois não me explicaram o procedimento, fui na Defensoria atoa, retornei ao posto do São Conrado e tive que esperar 4 meses pela visita da médica para confirmar que ele precisava do encaminhamento e liberar o laudo", lembra.
O laudo foi preenchido errado e novamente Josefa viu a ajuda atrasar. "Precisei fazer uma vaquinha para comprar fraldas, mas a dieta é muito cara e não consegui, e ele come comida normal, o que não pode, ele precisa se alimentar da sonda", esclarece.
Em uma terceira visita a UBSF a esposa foi informada que a médica saiu da unidade e que precisava aguardar a vinda de um novo médico que começa atender na próxima semana.
"Minha visita na Defensoria está marcada para o dia 16 de fevereiro, se o médico não liberar o laudo e nem preencher o formulário corretamente perco de novo o prazo e não tenho mais condições de arcar com as despesas, vimemos do Loas", desabafa.
Enquanto não consegue os insumos pela rede pública, Josefa pede para quem puder ajudar com doações de fraldas, podem entrar em contato através do WhatsApp (67) 99237-7638.
A reportagem entrou em contato com a Sesau para verificar sobre o atendimento da UBSF com a família para agilidade no processo, mas até o fechamento da matéria não havia resposta.