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Campo Grande

01/10/2015 12:38

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Com Olarte 'sumido', casa tem entra e sai ao som de louvores evangélicos

A movimentação começou cedo na casa do prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP por liminar), já que o desembargador Luiz Cláudio Bonassini, da Seção Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, deferiu o pedido de prisão de Olarte e do empresário João Amorim.

Por volta das 8 horas, um veículo Sandero branco estava parado na frente da casa de Olarte e uma moça estava sentada no banco
do motorista, falando ao telefone. A equipe do Top Mídia News tocou por várias vezes o interfone da residência, porém ninguém atendeu.

Minutos depois, uma pessoa apareceu do lado de dentro da janela no primeiro andar da casa, fechando a cortina. Instantes depois, a motorista que continuava na frente da casa e se negou a falar com a imprensa, ligou o veículo e deixou o local.

Em seguida, a mulher retornou com um veículo Logan Branco, que estava sendo conduzido por um homem. Ambos estacionaram na frente da casa de Gilmar Olarte, desceram e ao serem questionados pela imprensa, o homem respondeu que não falaria nada.  A mulher, que se negou a falar com a imprensa, estava chorando.

 

Após a entrada do casal, um veículo Onix branco, dirigido por uma mulher chegou na residência, com um paletó pendurado em um cabide, estacionou em cima da calçada. Ao notar a presença da imprensa, a motorista deu ré e deixou o local. A equipe do Top Mídia News tocou novamente o interfone por várias vezes, mas nem os funcionários do prefeito afastado atenderam.

As pessoas que estavam na casa de Gilmar colocaram um louvor evangélico para tocar em um som. No momento em que a equipe do Top Mídia News tocou o interfone novamente, o louvor foi pausado, mas ninguém atendeu o interfone.

Instantes depois, por volta das 10 horas, Igor, filho de Gilmar Olarte foi até a garagem da residência, segurando um paletó, entrou no veículo Corolla preto, que estava na garagem da casa e deixou o local.

Com a saída de Igor, o louvor voltou a tocar na residência e o homem que chegou ao local dirigindo um Logan branco, saiu da casa, entrou no veículo e deixou o local. Aproximadamente dez minutos depois, o homem voltou, estacionou o veículo dentro da residência e entrou.

Os vizinhos, que optaram por não se identificar, afirmaram que houve uma movimentação de oficiais de justiça, por volta das 7 horas, na casa do prefeito afastado, que não foi encontrado. Os vizinhos deixaram claro que Olarte não é "querido" pelos moradores da rua, que ressaltaram que "torcem para que ele seja preso o mais rápido possível". 

Segundo informações extraoficiais, tanto o prefeito afastado Gilmar Olarte quanto o empresário João Amorim já teriam sido notificados, por oficiais de Justiça, nas primeiras horas da manhã.

Tanto Olarte (PP por liminar) como João Amorim já são considerados foragidos da justiça e podem ficar presos por até 10 dias, conforme a Lei n° 7.960/89, que trata sobre a prisão de temporária.   O processo, instaurado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) como Procedimento Investigatório Criminal n. 18/2015, tem como objeto investigar os crimes de corrupção passiva ativa e passiva, relacionados ao processo, no âmbito da Câmara Municipal, que culminou com a cassação do prefeito Alcides Bernal, em marco de 2014.

A prisão temporária vale por cinco dias, podendo ser prorrogada por igual período. O recurso é válido, conforme a legislação, quando é imprescindível para as investigações do inquérito policial; quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade; quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria ou participação do indiciado nos seguintes crimes como por exemplo, quadrilha ou bando; crimes contra o sistema financeiro; extorsão; roubo.

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