Desde janeiro, a dona de casa, Juliane Mendes da Silva, 26 anos, vê a filha Maria Júlia da Silva Leite, 3 anos, ter crises por conta do autismo, mas espera há quatro meses por uma resposta do SUS (Sistema Único de Saúde), em Campo Grande.
A menina foi pré-diagnosticada com autismo em 2022 pela fonoaudióloga com quem realiza tratamento por atraso na fala. Desde o início deste ano a mãe corre contra o tempo em busca de tratamento para a filha.
"No dia 11 de janeiro levei o encaminhamento da fonoaudióloga até a UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Nova Lima e fiz a solicitação para que ela passasse pela neurologista", explica Juliane, ao TopMídiaNews.
No dia 16 a unidade de saúde entrou em contato com a mãe informando que o pedido havia sido feito a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) e que a mãe poderia receber a ligação em 5 dias ou 5 meses.
"Entro em desespero a cada nova crise, ela é muito nervosa, se morde, se bate, fica desesperada, prende a respiração e vomita. Estou há 4 meses esperando a consulta, eu vivo para ela", destaca.
A mãe precisa do acompanhamento com a neurologista para a filha iniciar o tratamento e ela consiga entrar na Justiça para a menina receber o Loas (Lei Orgânica de Assistência Social) e a mãe proporcione uma qualidade de vida para a filha.
"Tentamos pelo particular, mas não é uma única consulta, é inviável, não temos condições, eu peço por socorro, é difícil ver minha pequena assim", exclama.
A reportagem entrou em contato com a Sesau para verificar prazo para atendimento da pequena Maria Júlia.
Em resposta a secretaria informou que a especialidade solicitada pela mãe apresenta alta demanda, gerando um tempo de espera maior do que o comum.
"Tendo em vista a necessidade neste caso, a Secretaria de Saúde dará mais celeridade ao atendimento, e, assim, realizar o agendamento o mais brevemente possível", informou a Sesau.