Decisão da 2ª Câmara Cível do TJMS desbloqueia bens de réus envolvidos no escândalo conhecido como a ''Máfia do Câncer'', no Hospital do Câncer, em Campo Grande. O julgamento ocorreu na tarde desta terça-feira (23).
Os réus são o médico Adalberto Abrão Siufi e a representação da filha dele, Betina Siufi, falecida por câncer em 2021. A sessão foi uma continuação do julgamento iniciado no dia 9 de maio, mas interrompido por pedido de vista do desembargador Nélio Stábile.
A defesa havia entrado com um recurso de agravo de instrumento contra decisão da Justiça de 1ª instância. Foram muitos os argumentos usados pelos advogados dos réus, entre eles a ausência de provas de improbidade administrativa, prescrição da ação e até a mudança da lei sobre dolo ou culpa em atos de improbidade administrativa.
Os advogados, liderados por Carlos Marques, sustentam também que a Fundação Carmem Prudente, que administra o hospital, é uma entidade privada e que não gere recursos públicos, apenas recebe valores de um contrato feito com a Prefeitura.
BENS
Os réus alegaram na ação que os bens dos envolvidos no caso estavam bloqueados desde 2014, ocasião da denúncia.
''Essa situação perdura sem que até hoje a ação principal tenha sequer sido instruída’’, reclamou a defesa.
Outra vitória da banca de advogados é que a sentença do TJ anula decisão da ação civil pública para que o juiz aprecie a alegação de perda de objeto da ação antes de mandar prosseguir o referido processo.
A Justiça Federal, que recebeu a ação inicialmente, teve a competência questionada e foi considerada incompetente para julgar ações onde não havia mal uso de verba federal. Por isso o caso foi enviado à Justiça Estadual.