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A 115 km/h na Afonso Pena

02/11/2018 17:58

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Defesa de estudante ainda busca por sangue de advogada morta no trânsito para alegar embriaguez

Pedido feito ao laboratório que faz exames para o Imol não teve resposta

A defesa do estudante de medicina João Pedro da Silva Miranda Jorge fez mais um pedido para que o Instituto de Medicina e Odontologia Legal examine o sangue de Carolina Albuquerque Machado, morta em acidente de trânsito, no dia 2 de novembro de 2017. O objetivo é comprovar que a advogada bebeu antes de ser atingida pela caminhonete de João, a 115 km/h na Afonso Pena com a Paulo Coelho Machado, em Campo Grande.

Nessa sexta-feira (2), dia de finados, a família da vítima a homenageou com uma missa na Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campo Grande.

Conforme o processo, os advogados de João Pedro insistem na tese que ela teria bebido álcool antes de se envolver no acidente e assim colocá-la como culpada da batida. A violência da colisão foi tão grande que os carros envolvidos pararam a cerca de 100 metros de onde se chocaram.

O pedido do escritório de advocacia do réu foi feito em janeiro deste ano. No entanto, o Instituto de Análises de Laboratoriais Forenses esclareceu ao Imol, em maio, que o   laboratório não dispunha de instalações físicas adequadas para realizar qualquer tipo de análise toxicológica em material biológico, principalmente de alcoolemia ou de drogas. Por isso devolveu o sangue da vítima para o Imol.

Ciente da impossibilidade, a defesa de João Pedro reformulou o pedido e quer saber se o Imol tem condições de verificar se o sangue da vítima coagulou ou ainda é possível extrair elementos para fazer o exame.

O juiz de direito Roberto Ferreira Filho encaminhou o pedido da defesa ao Imol e deu prazo de dez dias para que a dúvida seja esclarecida. No entanto, não há nenhum registro de resposta por parte do Imol e do laboratório responsável pelas análises.

Carolina morreu ao ser atingida por caminhonete a 115 km/h. (Foto: Reprodução Facebook)

Bebida

Conforme relatório de investigação da Polícia Civil, os extratos dos cartões usados por ela na noite do acidente foram obtidos e mostram que naquela noite, Carolina e duas amigas estiveram em um bar. A advogada pagou uma comanda onde consta o consumo de um choppe, de 500 ml.

A polícia anexou ao processo um relatório de investigação complementar pedido pela Justiça. Na documentação, há os depoimentos dos pais de Carolina, assim como das duas amigas que estiveram com ela antes do acidente. Todos dizem não ter visto a advogada ingerir bebida alcoólica.    

A Polícia Civil investigou também se João Pedro consumiu bebida alcoólica no dia do acidente. Imagens de câmeras de segurança do condomínio onde ele mora não trouxeram novidade para o caso. Conforme testemunhas, inclusive policiais militares que estavam na hora do acidente, o réu apresentava sinais de embriaguez e teria confessado, segundos após o acidente, que bebeu antes de dirigir.  

João Pedro responde processo em liberdade por homicídio culposo e está proibido de dirigir e sair de casa à noite e aos finais de semana.  

Carro de Carolina ficou destruído por caminhonete a 115 km/h. (Foto: Divulgação)

Tragédia

O acidente aconteceu no cruzamento das avenidas Afonso Pena e Doutor Paulo Machado, às 23 horas do dia 2 de novembro. Carolina Albuquerque, de 24 anos, estava com o filho de 3 anos, quando o Fox que dirigia foi atingido pela Nissan Frontier guiada pelo estudante.

Segundo a perícia, o motorista, que estava acompanhado do irmão, fugiu do local após o acidente e estava a 115 km/h. Testemunhas disseram que ele apresentava sinais de embriaguez. Ainda conforme a investigação, a advogada furou o sinal no cruzamento das vias.

Carolina morreu enquanto recebia atendimento médico. O filho da advogada, que estava no carro, teve alta na Santa Casa de Campo Grande. Ele fraturou a clavícula e se recuperou.

João Pedro fugiu do local e se apresentou dias depois. Ele chegou a ser preso, mas pagou fiança e  foi solto.

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