Após uma denúncia feita nas redes sociais, de um consumidor que encontrou vários "corós" dentro de um pacote de arroz, em Campo Grande, a empresa responsável pela produção do produto se manifestou nesta terça-feira (17) por meio de nota.
Segundo a Guacira alimentos, para que o fabricante pudesse realizar o atendimento ao consumidor, o fato ocorrido deveria ser apresentado em primeira instância no canal do atendimento ao consumidor (SAC) e não pelas redes sociais, como foi feito.
A empresa alega que segue todos procedimentos internos de Rastreabilidade e Reccal e que para tal, o cliente deve informar o lote, a data de fabricação, o tipo de produto não conforme, o tornando susceptível para troca.
Ainda segundo a Guacira, ao receber os dados é realizada a busca da ordem de produção (OP), uma vez que este documento interno apresenta informações do horário de produção, quantidade produzida, lote de matéria prima utilizada, embalagem, funcionário responsável pelo processo e observações do procedimento interno em casos de falhas de maquinários ou colaboradores. Captando todos os dados é realizada a busca da amostra do produto acabado, para avaliação dos grãos disponibilizados ao cliente, se estes apresentam algum tipo de não conformidade, como odor estranho, presença de pragas, coloração fora do padrão ou qualquer outra não conformidade deixando o produto fora do padrão de consumo. Concomitante é aberto o processo de substituição do arroz apresentado pelo consumidor como não conforme.
A empresa diz que em relação aos "Corós" (bigatos), citados pelo denunciante, eles aparecem sempre de acordo com a disponibilidade de alimento, umidade e principalmente a temperatura média. Fatores que são facilmente encontradas em Campo Grande que apresenta nesta época do ano elevada temperatura e umidade.
"Esses insetos são capazes de perfurar as embalagens de forma tão discreta, que os furos não podem ser facilmente percebidos a olho nu, o que faz o consumidor pensar que eles já estavam dentro do produto quando foram fabricados", explica.
A Guacira garante que não há relatos médicos de danos à saúde causados pela ingestão dos insetos (corós).
"Apesar do aspecto repugnante, o eventual consumo dos mesmos não está associados a doenças. Uma vez que a larva é formada basicamente por proteína, sendo facilmente digerida pelo suco gástrico. Em caso de ingestões, não sugerimos que estas sejam ingeridas e sim que a empresa seja constatada para realização da substituição do pacote de arroz.