A morte das gêmeas siamesas, Maria Julia e Luna Vitória, nascidas na Santa Casa de Campo Grande era, de certa forma, inevitável, diz a equipe médica que cuidou do caso. As duas nasceram no dia 3 de janeiro e na manhã deste domingo (19), tiveram parada cardiorrespiratória como ápice de diversas complicações e morreram.
O pediatra neonatologista, Pedro Amaral, que já atuou no Hospital das Clínicas, em São Paulo, unidade referência sobre gestações gemelares, explicou que o óbito das pequenas não foi novidade.
''No hospital das clínicas foram 20 casos em 20 anos, com apenas 5% de taxa de sobrevivência'', detalhou Amaral.
Ele acrescenta que os órgãos das irmãs estavam mal formados e que não sustentariam as duas por muito tempo.
Maria Julia e Luna Vitória nasceram em 3 de janeiro. (Foto: Divulgação Santa Casa)
O especialista explicou ainda que todos os procedimentos cabíveis ao caso e todas as literaturas a respeito do assunto foram colocadas em prática.
Pedro Amaral lembra que o hospital deu toda a estrutura necessária para atender o caso, mas infelizmente ''aconteceu o esperado''. Porém, diz que a equipe médica adquiriu experiência para lidar com os próximos casos.