Família de um bebê de 2 meses desconfia de possível erro durante atendimento da equipe de enfermagem da Santa Casa de Campo Grande. A criança deu entrada no hospital para tratar um problema respiratório, mas acabou com a mão inchada por conta de um acesso mal colocado.

Segundo a tia da criança, Thalyne Geovana, 23 anos, o menino está com bronquiolite, doença respiratória que afeta o transporte de ar aos pulmões. No final da tarde do último sábado (7), a família o levou para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida, onde ele passou a noite e, devido à gravidade, foi encaminhado para a Santa Casa no dia seguinte.

Na segunda-feira (9), já internado no hospital, o menino começou a chorar muito. A mãe chamou a enfermeira para avaliar o que estava acontecendo e a profissional optou fazer uma lavagem no nariz da criança, por entender que se tratava de uma congestão nasal. Mas, mesmo depois do procedimento, o bebê continuou a chorar. 

Thalyne explicou que, só durante a troca de plantão, na manhã de ontem (10), a equipe que assumiu o expediente percebeu que o braço da criança estava com o acesso mal posicionado, o que causou inchaço e infiltração no braço da criança.

"Meu sobrinho estava com o braço todo inchado e um dos dedinhos já estava até preto", disse a tia.

A equipe, de imediato, começou a tratar o braço do bebê com compressa e pomada, o que ajudou a amenizar o problema.

Revoltado com a situação, Thalyne procurou a assistência social do hospital, que confirmou o erro. "A assistente disse para não transferir o meu sobrinho e que a Santa Casa vai dar todo o suporte necessário a ele", disse.

Thalyne também formalizou uma reclamação no SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) do hospital.

"Meu sobrinho tem apenas dois meses, não sabe falar. A equipe tinha que ter revisado e procurar saber o motivo do choro. É lamentável, ele é prematuro. Ele merecia um tratamento melhor", conclui a mulher.

Em nota, a Santa Casa de Campo Grande informou que foi aberta uma investigação pelo Núcleo de Segurança do Paciente do hospital para entender o fato, "já que a criança veio com o acesso da UPA".

"A família já recebeu o acolhimento do nosso Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) e da Assistência Social. Não temos prazo para o término da investigação, pois será verificado todos os procedimentos realizados desde o momento da entrada do paciente na instituição, sendo assim não podemos nos pronunciar sobre o que pode ter ocasionado o inchaço no braço da criança no momento", completou a assessoria do hospital.