Jovem de 21 anos procurou a polícia para denunciar que vem sofrendo assédio moral no ambiente de trabalho, em uma doceria localizada na região central de Campo Grande. Segundo o boletim de ocorrência, os episódios teriam começado desde o início de seu vínculo com a empresa, no dia 9 de maio.
A funcionária relata que as agressões partem da própria proprietária do estabelecimento, que, de maneira constante, adota condutas abusivas contra os trabalhadores, afetando diretamente a dignidade e o bem-estar psicológico da equipe.
De acordo com a denúncia registrada neste sábado (24), a situação agravou-se durante a execução de uma tarefa simples: a limpeza do chão do local. A vítima afirma que recebeu orientação da gerente para apenas passar o pano, sem utilizar água. No entanto, enquanto realizava a atividade, duas superiores teriam a abordado de forma agressiva e ofensiva.
Conforme o relato, uma delas a teria chamado de "porca", alegando que o serviço era "igual à sua cara", além de afirmar que iria lhe mostrar como se lavava. Em seguida, teria feito parte da tarefa, jogado o pano no chão e ordenado que a vítima continuasse a limpeza.
Na sequência, outra responsável pela loja também teria a humilhado diante de colegas, dizendo que ela era "muito porca" e sugerindo que, se tivesse aquele comportamento no trabalho, "deveria ser pior em casa", chamando-a ainda de "preguiçosa".
A vítima informou que os fatos ocorreram na presença de outras funcionárias do local. Ela ainda contou que as ofensas ocorrem de maneira sistêmica, não só com ela, mas com outros servidores, inclusive algumas já até teriam se desligado da empresa em razão dos assédios.
O caso foi registrado como intimidação sistemática (bullying) e deverá ser apurado pela Polícia Civil.