Os agentes da Guarda Civil Metropolitana, envolvidos na ocorrência que feriu um rapaz autista de 18 anos, no sábado, serão submetidos a procedimento administrativo disciplinar, junto à Corregedoria da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (11). 

No sábado (9), o rapaz foi ferido com um tiro no peito efetuado por um agente da Guarda. Os fatos aconteceram no condomínio Rui Pimentel, na Avenida Marajoara, no Jardim Centro-Oeste, em Campo Grande.

“Os servidores da Guarda Civil Metropolitana que participaram da ocorrência serão submetidos a procedimento administrativo disciplinar, junto à Corregedoria da Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social. A investigação de eventual prática de crime, pelos agentes municipais, será apurada pela Polícia Judiciária Estadual, e contará com total apoio e colaboração desta Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social, para a elucidação dos fatos”, diz trecho da nota.

Segundo a Guarda, o profissional teria agido em legítima defesa, mas, que por prevenção, os profissionais serão enquadrados nas rotinas administrativas.

“Como medida preventiva, a Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (SESDES) determinou, à Superintendência do Comando da Guarda Civil Metropolitana, que os servidores envolvidos no evento prestarão serviços administrativos internos, até a conclusão do processo disciplinar”. 

Além disso, a nota pontua que faz cinco anos que a Guarda não tem episódios envolvendo arma de fogo. 

“Vale ressaltar que durante o período de 60 (sessenta) meses a Guarda Civil Metropolitana não se envolveu em nenhum incidente na utilização de arma de fogo. A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social lamenta o infeliz incidente, reafirmando o compromisso com os direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades públicas; preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição das perdas; patrulhamento preventivo; compromisso com a evolução social da comunidade; e uso progressivo da força. O armamento e munições acautelados ao servidor encontram-se apreendidos para perícia técnica, conforme consta no Boletim de Ocorrência nº 2326/2022”, finalizou a pasta.