O Hospital Regional justificou denúncia, publicada nesta segunda-feira (25), de atendimento de crianças, em pleno corredor da unidade, em Campo Grande. A instituição diz que há falta de leitos pediátricos em outros hospitais e por isso acaba sobrecarregada. 

Na versão do HR, o hospital enfrenta quadro de superlotação de pacientes pediátricos, encaminhados pela Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, em regime de urgência-emergência. 

O HRMS garante que já informou a Sesau e o Ministério Público sobre o problema, além do Conselho Regional de Medicina de MS. 

''[alertamos] que corre o risco de crianças ficarem sem atendimento e que não seja mais enviados pacientes de forma excessiva... a superlotação do setor pediátrico pode acarretar em desassistência...'', diz trecho do informe enviado pelo hospital. 

Ainda segundo a justificativa, o hospital alega que trabalha com a capacidade técnica sobrecarregada. Além disso, faltam leitos nas enfermarias para os pacientes que são atendidos de forma paliativa nos corredores. 

Sesau

A assessoria da Sesau informou que, o encaminhamento de pacientes para o HR, está dentro daquilo que foi pactuado com a entidade. 

A exceção fica por conta dos casos de ''vaga zero'', que, segundo a secretaria, não tem como não encaminhar, por entender que a unidade em questão seria a mais adequada.  

A Sesau diz que outros hospitais têm sim leitos pediátricos e que a cidade passa por grande número de casos de síndromes respiratórias em crianças. 

Denúncia

Leitor fez um registro em vídeo do atendimento de crianças nos corredores do hospital. Ele alegou que existem crianças em estado grave, utilizando balão de oxigênio, “jogadas” no corredor.

''Tem bebês recém-nascidos, todos no corredor do hospital. Os médicos não estão dando conta. Tem mãe com criança lá fora, grave, esperando para ser atendida há muitas horas. Será que vai precisar um inocente morrer para alguém fazer alguma coisa?'', questiona o internauta.