Welica Vitória Peres Martins, 18 anos, perdeu o bebê, quatro dias antes de invadir um terreno, no Jardim Los Angeles, em Campo Grande. Ela e o marido haviam dito que o aborto se deu em razão da truculência da ação de despejo da Guarda Civil Metropolitana.
Conforme ultrassom obtido pelo TopMídiaNews, foi feito um exame na Santa Casa, no dia 9 de junho, que já mostrava o aborto. A invasão ao terreno ocorreu no dia 10 de junho e a ação da GCM ocorreu na segunda-feira (13), pela manhã.
O esposo de Welica, Josinei de Araújo da Silva, 26 anos, começou a sentir dores e pequenos sangramentos ainda na segunda-feira, após a ação da GCM. No entanto, foi na noite de terça-feira (14), por volta das 22h, que a vítima teve sangramento intenso e dores.
Ainda segundo o marido narrou, na quarta-feira, a vítima foi levada para a Maternidade Cândido Mariano, onde passou a noite, mas só por volta das 11h daquele dia, é que soube que tinha perdido o neném.
Silva lembra que, no momento da ação da Guarda, a esposa teria mostrado a carteirinha de gestante para os agentes, mas eles teriam ignorado e ainda dito ''que se fo...''. Ele detalhou que ela e demais invasores da área foram acordados com bombas de gás e apontamento de armas para o rosto.
Resposta
A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social, a Sesdes, responsável pela Guarda Civil Metropolitana, enviou nota sobre as acusações de truculência:
''Qualquer pessoa que se sinta de alguma maneira constrangida ou que tenha sido abordado (a) de maneira indevida ou qualquer outro comportamento que se atente contra a legislação vigente, pode procurar a ouvidoria e corregedoria da SESDES''.