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Campo Grande

Lembranças do menino no guaviral perfumado não saem da memória de ex-morador do Centenário

Foi como se esse garoto puxasse o morador pelas mãos para passear numa Campo Grande que não existe mais

19 setembro 2020 - 13h30Por Thiago de Souza

A saudade de uma Campo Grande que não existe mais bateu forte no peito de um ex-morador do Jardim Centenário. Num belo dia de nostalgia, ele tentou achar o menino que corria em meio aos guavirais perfumados, de um cerrado recém-habitado na Capital. Será que ele encontrou? 

O tal menino saiu do poeirento bairro Caiçara, em Campo Grande. O ano era 1977. O infante foi morar no recém-loteado Jardim Centenário. Nesse lugar, havia luz de lamparina, tudo era verde e a boiada pastava livremente, já que cerca e carros ainda não haviam chegado lá. 

O asfalto acabava na entrada do Parati ou antes do Lago do Amor. Para o menino, Campo Grande era longe dali. Gente o menino só via a mãe e o pai, que saía cedo com a marmita na garupa da bicicleta. 

O guaviral, ah o guaviral, se via por todo o redor da casa do guri. Ele definiu como ''centenas de metros de perfume de guavira, araticum e jatobá''. 

Córrego Segredo na via que dá acesso aos bairros da região sul de Campo Grande. (Foto: ARCA)

Esse menino fez o coração do ex-morador transbordar de saudade e, por um momento, ele quis procurar por essa Campo Grande.

''Sei lá, pois se eu soubesse onde era a casa deste menino. O terreno hoje está em meio do asfalto, luz elétrica, carros, cimento. A casa se foi faz tempo, eu sei, mas como queria saber onde era para ir lá de novo. Pensando bem não ia não, pois já não há mais minhas amadas frutinhas nem as flores dela, tão pouco o cheiro'', lamentou o morador. 

''Hoje, queridos amigos, só há um quase velho que guarda na memória a Morena ainda jovem e com perfume, adivinhem só... de guavira, é claro''. 

O texto foi postado por Wagner Monteiro no Grupo Anos Dourados, no Facebook.