Há um mês e meio em São Paulo, na esperança de conseguir um transplante de fígado para o filho Miguel Sorrilha, 8 meses, Raquel Amanda Sorrilha, 24 anos, está passando necessidade, longe de casa e sem apoio familiar, em São Paulo.
A jovem viajou com o esposo e filho em busca de uma cirurgia para o bebê diagnosticado com hepatite aguda, em Campo Grande. Mesmo depois de enfrentar uma batalha pela vida, no Hospital Regional, na Capital. Agora mãe e filho enfrentam a necessidade enquanto esperam um doador, em outro estado.
Segundo Cleonice Sorrilha, avó do pequeno, ela mantém contato com a filha diariamente e acompanha de longe o sofrimento. "Está em depressão, só sabe chorar", conta sobre o desespero.
Raquel chegou a ficar em uma casa de apoio em São Paulo, mas logo precisou deixar o local e até pediu ajuda para arcar com aluguel de um espaço mobiliado.
"Ela não conseguiu dinheiro suficiente para alugar uma casa, recebeu ajuda e moradia em uma casa razoavelmente perto do hospital, mas gasta todos os dias com locomoção para fazer exames no Miguel e não tem previsão para realizar a cirurgia, pois precisa de um doar", explica a avó.
Sem emprego, sem renda, e sem apoio da família, o marido de Raquel, que viajou com ela, conseguiu uma oportunidade de emprego em outra cidade no interior de São Paulo e aceitou.
"Agora só estão eles dois [mãe e filho] sem dinheiro, ajudo quando posso, o marido ainda não mandou. Ela me liga chorando, diz que está passando necessidade, mas continua por conta do bebê", relata a avó.
Para tentar ajudar a filha, Cleonice mantém a rifa solidária que a família montou para ajudar financeiramente a filha. "Mantemos a rifa até conseguir vender todos os números, quem puder me ajudar, escolhe o número e paga pelo Pix", detalha.