Dona de casa de 29 anos perdeu, na última sexta-feira (4), a guarda dos cinco filhos, que foram levados para dois abrigos após denúncias de negligência feitas pela avó materna, em Campo Grande. As acusações, que levaram ao acolhimento das crianças, apontam que elas viviam em situação de vulnerabilidade e sem cuidados básicos. No entanto, a mãe contesta a versão apresentada pela avó.
De acordo com a mãe, as denúncias envolvem a suposta ausência das crianças na escola e a falta de cuidados. Por conta disso, os filhos de 5, 3 e 2 anos, além de um bebê de apenas 2 meses, foram recolhidos.
Ela afirma que, segundo a versão da avó, as crianças estariam “jogadas” e que ela seria usuária de drogas. No entanto, nega todas as acusações. “Minhas filhas estudam e as outras crianças não têm idade para ir à escola. Meus vizinhos podem confirmar que meus filhos não ficam jogados”, afirma.
Sem saber como recuperar a guarda e sem entender como funcionam as visitas aos filhos, ela pede apoio da Defensoria Pública para reverter a situação e provar que tem condições de cuidar das crianças.
“Só sei que foram levados a dois abrigos diferentes. Antes de levarem meus filhos, me deram uma intimação e me orientaram a procurar a Defensoria. Ainda me disseram que meus filhos podem ir para adoção em dois meses”, desabafa, desesperada.
Caso não consiga a guarda novamente, a mãe diz que gostaria que o avô materno ficasse com as crianças, para evitar que sejam encaminhadas à adoção.
“Ele disse que pode ficar com as crianças. Ao menos, elas continuariam com alguém da família. Só não podem me tirar os filhos e me deixarem desamparada de informações. Não fiz nada de errado”, lamenta.
A reportagem entrou em contato com a Defensoria Pública sobre o caso e aguarda retorno quanto ao andamento da situação.