O Ministério Público de Mato Grosso do Sul pediu ao Tribunal de Justiça, o bloqueio de R$ 7,3 milhões, do juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior e empresários, todos suspeitos de integrar a máfia dos precatórios. Um dos alvos, José Carlos Lopes, já foi condenado por estuprar meninas de 10 e 13 anos.
Conforme o pedido, uma investigação que corre no TJMS apura se Aldo, que foi juiz auxiliar na vice-presidência do Tribunal, recebeu propina para beneficiar empresários e um frigorífico no recebimento de precatórios.
Ainda segundo o MPE, em uma das remessas de dinheiro, José Carlos Lopes, do Frigorífico Frigolope, pagou R$ 155.292, em troca de facilidades, que lhe renderiam mais de um milhão de reais em precatórios. A esposa do juiz, Emmanuelle Alves Ferreira da Silva, era que cedia uma conta bancária para recebimento do dinheiro ilegal.
Zeca foi condenado a 19 anos de prisão pelo estupro de criança e adolescente. (Foto: ALMS)
Aldo, segue o MPE, sabia que o valor a ser recebido pela empresa de Zeca Lopes já havia sido abatido em razão de ter dívidas com o Governo do Estado, mesmo assim autorizou os pagamentos para a empresa ‘’amiga’’. Emmanuelle já foi presa pela polícia em razão de golpes em outros estados.
Aldo também é acusado de receber propina de herdeiros e outros interessados, quando era titular da Vara de Sucessões Familiares, em Campo Grande.
O Ministério Público ainda pediu o compartilhamento de dados frutos das quebras de sigilo bancário e fiscal dos envolvidos.
As partes acusadas terão prazo para apresentar defesa.