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CAMARA MUNICIPAL MARÇO 2024
Campo Grande

Marquinhos garante salário dos servidores, mesmo se Bernal não pagar

Apesar disso, prefeito eleito destaca que pepista é obrigado por lei a reservar o dinheiro dos funcionários do município

21 novembro 2016 - 11h05Por Diana Christie e Airton Raes

Prefeito eleito por Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD) promete que vai pagar o décimo-terceiro salário e a remuneração de janeiro dos servidores municipais mesmo se a atual administração falhar com seus compromissos. A declaração foi realizada na manhã desta segunda-feira (21), antes de reunião entre as equipes de transição das duas gestões.

Apesar disso, Marquinhos destaca que a LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) obriga Alcides Bernal (PP) a deixar dinheiro em caixa para que ele possa cumprir com as obrigações do município, apesar de se comprometer a resolver qualquer eventualidade. “Acredito que Bernal vá pagar o décimo-terceiro, que ele vá cumprir com a sua palavra e vá pagar”, enfatizou.

A reunião entre as duas equipes foi adiada duas vezes consecutivas pela equipe de Bernal, o que acabou provocando críticas de vereadores e do próprio Marquinhos, que reclamou da falta de informações sobre a situação financeira do município. Segundo ele, até o momento, a prefeitura apenas relatou sobre o déficit de R$ 100 milhões no IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande).

No encontro de hoje, que acontece no Paço Municipal, os dois gestores devem conversar sobre a situação fiscal e contábil da prefeitura, o reajuste do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), que deve ser mantido nos índices de inflação, estimado em 8,78%, conforme o cálculo do IPCA-E (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - Especial), e a dívida ativa.

Bernal e Marquinhos também reiniciam as negociações sobre o reajuste da tarifa de ônibus. O prefeito eleito afirma que é impossível aumentar o valor da passagem por causa da qualidade do serviço, mas as empresas pressionam pelo reajuste, alegando redução de passageiros e elevação de gastos com pessoal e combustíveis.

Com Bernal, Trad deve discutir sobre a possibilidade de manter a isenção do ISS (Imposto Sobre Serviços) para o transporte coletivo. Se o atual prefeito não enviar um projeto de lei autorizando a renúncia fiscal para ser votado na Câmara Municipal ainda neste ano, a passagem pode sofrer um aumento imediato de 5%, além dos valores que estão sendo negociados.