O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), chamou o presidente que representa os professores para discutir adequações na proposta. Ontem, ele ameaçou cortar o ponto dos profissionais da educação que não trabalhassem nesta sexta-feira (11), por conta de uma paralisação convocada pelo Sindicato, em prol do reajuste salarial garantido por Lei.
De acordo com a vice-presidente da ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública), Zelia Aguiar, a Assembleia Geral que aconteceu na manhã desta sexta-feira (11), e contou com a presença de centenas de professores, está suspensa até às 13 horas, quando acontecerá um novo encontro.
Conforme Zelia, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) chamou o presidente do sindicato, Lucilio Nobre, para uma reunião de emergência, onde discutirão uma readequação da proposta apresentada pela categoria.
A reunião ocorre na iminência de um indicativo de greve, no qual os professores ameaçam paralisar as atividades por tempo indeterminado, uma vez que a prefeitura não cumpre com o reajuste salarial garantido por lei, e que está defasado há anos.
Além disso, nessa quinta-feira (10), Marquinhos divulgou um vídeo ameaçando cortar o ponto dos profissionais que não trabalhassem nesta sexta-feira.
Os professores não cederam às ameaças e muitas escolas amanheceram fechadas.
"Não é um vídeo desastroso e autoritário de uma autoridade da prefeitura, que vai fazer com que o movimento esmoreça. Estamos firmes. A categoria entende que o piso salarial é uma conquista. Está em lei e a greve também", ressaltou a vice-presidente da ACP.
Proposta
Para o TopMídiaNews, o presidente da ACP, Lucílio Nobre, afirmou que os professores estão de acordo com o índice de 67,13%, oferecido pelo Executivo, de forma escalonada, até 2024. No entanto, precisa que a proposta tenha maior segurança jurídica.
‘’Como se trata de adequação no piso, é desnecessário a prefeitura citar a Lei de Reponsabilidade Fiscal. Ele não está dando aumento, vantagem, ele está fazendo reposição do Piso Nacional’’, detalhou Nobre.
Outra questão, segue Lucílio, é que o texto da prefeitura não contemplava a correção anual do Piso Nacional, referentes a 2023 e 2024.
‘’Se não, você não chega em 2024 com 100% do piso nacional. Para que haja a integralização do piso, precisa fazer as correções do ano’’, observou o sindicalista.