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Campo Grande

27/09/2025 13:30

'Meu filho já me viu ser enforcada': mulher relata histórico de violência e cobra prisão do ex

Após mais de 16 boletins de ocorrência e medida protetiva, mulher ainda é perseguida e aguarda decisão da justiça pela guarda do filho

"Meu filho já me viu ser enforcada, apanhar com socos e chutes. Uma vez, ele me ameaçou com uma tesoura no pescoço e meu filho estava lá, vendo tudo". O relato é de uma jovem de 26 anos, moradora de Campo Grande, que vive escondida após seis anos de agressões cometidas pelo ex-marido, de 31 anos.

A última violência aconteceu em 16 de setembro, na Vila Carvalho, quando ela foi atingida por um soco no olho e um chute na perna durante uma discussão por causa do volume da televisão. O agressor também quebrou o celular da vítima, quando ela tentou acionar a polícia.

O caso foi registrado e, mesmo com a medida protetiva, o homem continua a persegui-la. "Ele ainda continua me ameaçando por mensagens, fica enviando mensagens aos meus familiares, perguntando onde estou, me ofendendo. Ele está atrás de mim, então eu estou escondida, aguardando a Justiça resolver o caso", contou à reportagem.

O relacionamento começou em um aplicativo de namoro e, pouco tempo depois, os dois foram morar juntos. Segundo a vítima, os primeiros sinais de controle apareceram logo no início. "Ele era extremamente ciumento, não queria que eu tivesse amizade com ninguém. Se eu fosse visitar minha família, ele tinha que ir junto ou não deixava eu ir", lembra.

As agressões surgiram logo depois. "Quando engravidei, ele me bateu na frente de algumas pessoas. Foram seis anos de convivência e foi o maior pesadelo da minha vida. Eu nunca trabalhei nesse tempo, só ficava em casa cuidando dos filhos, enquanto ele controlava tudo", disse.

Nesse período, ela registrou mais de 16 boletins de ocorrência, e o ex chegou a usar tornozeleira eletrônica. "Todas essas denúncias fui eu que fiz, mas eu acabava voltando. Desta vez, depois do soco no meu olho, eu decidi sair de casa e não pretendo voltar".

Filhos em meio às agressões

Do relacionamento nasceram dois filhos, de 1 e 3 anos. Após a última agressão, a vítima conseguiu sair com o caçula, mas o mais velho permaneceu com o pai.

"Eu não consegui estender a medida protetiva para o meu filho, agora estou aguardando julgamento. Quero a guarda unilateral. Ele não deixou eu levar meu filho de 3 anos, que já viu muitas vezes ele me batendo", explicou.

Além de presenciar episódios de violência contra a mãe, a criança também teria sido alvo das agressões. "Um dia ele bateu nas costas do filho porque não queria tomar remédio e chamou ele de 'viadinho'. Eu questionei e ele cuspiu na minha cara".

Hoje, mesmo escondida, a jovem diz que ainda vive sob tensão. "Eu tenho traumas, não consigo dormir tranquila. Homem que bate em mulher não muda, só muda as vítimas. Espero que ele seja preso, que a justiça seja feita, porque foram seis anos que viraram um tormento na minha vida".

O desejo agora é poder reconstruir a vida. "Quero poder viver tranquila, sem medo, sabendo que a justiça foi feita. Quero poder sorrir de novo e encorajar outras mulheres a denunciar. Nenhuma merece passar pelo que eu passei".

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