A morte cruel com violência sexual e espancamento contra uma menina de 11 anos, na noite de anteontem (11), em Campo Grande, gerou grande revolta de moradores do próprio bairro Nossa Senhora das Graças e redondezas.
Pelas redes sociais, muita gente compartilhou sobre a morte da menina repulsando a ausência da mãe.
"Não consigo acreditar que tem lixo de ser humano tenha capacidade de cometer uma crueldade tão grande, o ódio e a tristeza. Uma criança inocente com uma vida inteira pela frente, que Deus receba você de abraços abertos, a tia nunca vai t esquecer", escreveu uma parente.
Apontando a mãe como culpada da situação, as mensagens de desprezo começaram a ser publicadas na rede social da mãe da vítima.
"Só poderia estar bebendo, elas sempre deixava os filhos sozinhos", disse uma vizinha.
"Mãe do capeta, isso que tu és! Irresponsável", escreveu outra em uma publicação onde a mãe parabenizava a filha pelo aniversário de 11 anos.
Crime, abrigo e prisão
A menina estava sozinha em casa com os irmãos, mais novos, quando houve o crime. A garota foi estuprada e não resistiu aos ferimentos.
Testemunhas disseram que a mãe chegou em casa e chamou a menina para abrir a porta e, como ela não atendeu, foi até aos fundos da casa, onde viu a criança caída na cozinha.
A mãe teria começado a gritar por socorro, quando vizinhos foram ajudar e um deles arrombou a porta. Bombeiros e polícia militar foram acionados, tentaram socorrer a vítima, mas sem sucesso.
A mulher aparentava estar embriagada e ficou extremamente agressiva, precisando ser contida pelas equipes policiais.
O suspeito de cometer o ato ainda não foi identificado e localizado, mas um vizinho relatou que ouviu o choro de um dos irmãos da vítima e viu um homem de calça jeans desbotada, camiseta preta e boné verde saindo do local.
Os dois irmãos caçulas da menina foram levados para um abrigo. Os pequenos estavam na casa com a vítima no momento do crime, enquanto a mãe estava bebendo em um bar da região.
Na ocasião do crime, ontem (11), o Conselho Tutelar foi acionado pela delegada de plantão, que acompanhou o caso por volta de 0h40, e até 2h30 nenhum conselheiro havia comparecido ao endereço. Como a delegada só aguardava a presença deles para dar andamento no atendimento aos dois menores, a policial solicitou ajuda de um vizinho que levou as crianças até a delegacia.
"Retiramos as crianças de um ambiente tumultuado e com fraldas e leite, alocamos eles em nosso alojamento até a chegada do Conselho, que foi às 3h30. Avisamos que eles já estavam aqui e eles vieram para cá e depois levaram as crianças para o abrigo", contou a delegada Karen Viana de Queiroz.
A mulher ainda informou à delegada que, por várias vezes, deixou a filha cuidando dos irmãos caçulas para sair, mas sempre os mantinham trancados em casa. Ela ainda afirmou que fazia programas, mas negou que eram feitos na presença dos menores.
A delegada fez o pedido de prisão preventiva e a mãe passará por audiência de custódia nesta terça-feira (13).