Motoristas e funcionários do transporte coletivo de Campo Grande cederam ao pedido do prefeito Alcides Bernal (PP) e das empresas do setor, de não realizar novos protestos durante uma semana, até que as partes encontrem uma saída para o impasse sobre o reajuste do vale transporte e dos trabalhadores.
Como não receberam o reajuste combinado com a Assetur (Associação das Empresas do Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande), que é de 8,5%, no dia 12 de novembro, os trabalhadores paralisaram os trabalhos por duas horas, na madrugada de hoje. Houve tumulto e até briga para entrar nos carros superlotados, em diversos pontos da cidade e nos terminais.
Segundo o tesoureiro do Sttcucg (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Campo Grande), William Silva, na reunião, ocorrida na tarde desta terça-feira, na prefeitura, o presidente da Assetur disse que não poderia conceder reajuste salarial aos motoristas, se a prefeitura não subisse o preço do vale transporte.
O prefeito Alcides Bernal pediu ao sindicato, prazo de uma semana para que a suspensão do reajuste do passe de ônibus seja resolvido no TCE (Tribunal de Contas do Estado). O órgão, na sexta-feira passada, não autorizou o aumento da tarifa e cobrou explicações do executivo sobre os motivos da alta no preço.
Ainda segundo Silva, o prazo será dado, mas eles não abrem mão do reajuste que foi combinado com a Assetur. ''Se o TCE não autorizar o aumento da tarifa, nós não temos nada com isso, queremos nosso reajuste'', avisou o sindicalista.
O presidente da Assetur, João Rezende, foi procurado por três vezes, mas não atendeu as ligações.