O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) instaurou um inquérito para apurar as longas filas envolvendo crianças, que aguardam por terapias de reabilitação intelectual e atendimento a múltiplas deficiências em Campo Grande.
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), por exemplo, já se manifestou para o órgão dizendo que os serviços são oferecidos por meio de Centros de Especialidades Médicas e parceria com a Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais).
Porém, o Ministério Público achou que os dados fornecidos ainda são muito rasos para que seja realizada uma análise completa e transparente. Por isso, solicitou novos documentos com intuito de aprofundar o caso.
Entre os pedidos, estão o número exato de pacientes na fila de espera para cada tipo de terapia, a capacidade atual da rede municipal, o tempo médio de espera e o maior tempo registrado, além de detalhes sobre contratos e convênios vigentes com instituições parceiras, como a Apae.
A ação neste assunto é garantir o acesso a esses serviços essenciais, que impactam diretamente a qualidade de vida e o desenvolvimento de centenas de crianças na cidade.
O MPMS também requisitou uma descrição detalhada do fluxo de atendimento, desde a identificação da necessidade na atenção primária até o início da terapia, assim como uma análise sobre o impacto da demora no início dos tratamentos, considerando as consequências para o desenvolvimento e a funcionalidade das pessoas com deficiência.