Moradores do bairro Jardim Auxiliadora, em Campo Grande, estão enfrentando dificuldades diárias de locomoção devido à paralisação das obras de pavimentação asfáltica. As ruas do bairro estão intransitáveis, com valas profundas, formadas após a instalação da rede de tubulação por parte da empreiteira responsável e pela chuva.

Segundo um morador, que preferiu não se identificar, os transtornos começaram logo após a execução da parte de tubulação da obra, e se agravaram com o abandono da etapa seguinte. "As ruas estão intransitáveis por causa da obra do asfalto, que está parada", relatou um morador.

Ele conta que os moradores têm se mobilizado para cobrar providências. Na manhã desta terça-feira (22), moradores acionaram a SISEP (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e aguardam retorno sobre a possibilidade de algum tipo de intervenção paliativa.

"Todas as ruas estão assim onde a empreiteira passou e fez a parte da tubulação. As ruas do bairro estão abandonadas e a empreiteira lavou as mãos. Ela diz que não pode fazer nada porque é uma despesa, que vai ser uma despesa inútil porque logo em seguida vêm com a pavimentação, só que tem que ser feito um paliativo, por que como a gente vai conseguir entrar em casa? Daqui a um dia não entra mais", desabafou.

Vídeos gravados por vizinhos mostram a situação precária das vias, com grandes valetas causadas pelas chuvas. Algumas chegam a 50 centímetros de profundidade. Em um dos relatos, um morador afirma que já não consegue mais estacionar a caminhonete dentro de casa devido às condições da rua.

Em julho de 2024, a prefeitura de Campo Grande homologou um contrato de R$ 11 milhões para obras de pavimentação asfáltica e drenagem nos bairros Jardim Mansur e Jardim Auxiliadora. Desde então, já se passaram nove meses e a população segue enfrentando dificuldades.

As obras foram anunciadas para diversas ruas, incluindo Manoel da Nóbrega, João Fernandes Vieira, Araújo Lima, Amélia Alves Pache, Joaquim Diniz, Luiz Coutinho de Alencar, José Luiz, Carneiro Camargo, Ari Coelho de Oliveira Neto, Renato José Anchieta, Miguel Sutil, Manoel Frederico Pache, Atalaia e Abraão Calux.

Até a publicação desta matéria, a prefeitura de Campo Grande foi procurada, mas não respondeu aos questionamentos da reportagem.