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Paciente corre risco ao aguardar atendimento no Hospital Regional

08 abril 2016 - 09h37Por Dany Nascimento

Os pacientes que necessitam de atendimento de urgência de um médico cirurgião vascular no Hospital Regional acabam correndo risco, já que ao buscar atendimento no pronto socorro da unidade, o paciente é informado que no momento em que o clínico geral confirma a necessidade de ser avaliado por um especialista, a possibilidade de conseguir a consulta pode demorar até 48 horas.

A turbulência já começa na recepção do hospital, onde dezenas de pessoas aguardam atendimento. A paciente que está afastada do tratamento de quimioterapia contra um câncer de ovário devido ao surgimento de trombose nas pernas, Elsa do Nascimento, 45 anos, sofre cada vez que busca atendimento no hospital.

Sendo atendida desde novembro de 2015, Elsa 'entra em pânico' quando seu estado de saúde se agrava e não vê outra alternativa a não ser a busca pelo atendimento no Regional. Quem olha para Elsa consegue ter a percepção de que sua saúde está debilitada, pois paciente perdeu muito peso desde o início do tratamento e mesmo assim, não consegue ter prioridade para conseguir um leito no local.

"Não gosto de vim aqui, só venho quando não vejo outra saída. Eles me deixam na área azul, com outras vinte pessoas utilizando o mesmo banheiro, meu medo é acabar pegando uma infecção hospitalar", diz a paciente.

De acordo com Elsa, após passar por avaliação de um clínico geral, a paciente foi informada pelas enfermeiras que teria que aguardar para ser avaliada por um vascular, já que a circulação do pé de Elsa aparentemente havia parado e o pé estava roxo.

"Eles disseram que eu teria que aguardar e que o médico especialista tem 48 horas para vim aqui. Chegamos aqui ontem (7) de manhã e a cada hora que passava, meu pé foi piorando. Eu fiquei o dia e a madrugada sentindo muita queimação nos pés. A saúde pública não nos da uma esperança de que esse pesadelo vai melhorar, tudo só piora cada dia que passa", afirma a paciente.

Após passar a madrugada em contato com outros pacientes, Elsa foi atendida na manhã de hoje (8) por um especialista e ainda não foi transferida para um quarto na área de oncologia, que fica no 4º andar do hospital e possui poucos pacientes por quarto.

"Uma médica veio e prescreveu anti-coagulantes, mas continuo na área azul. O médico oncologista que me atende aqui também veio agora de manhã porque foi informado pela minha sobrinha sobre meu estado de saúde através da rede social e disse que vai tentar acelerar meu encaminhamento para um quarto, mas enquanto isso, continuo aqui em um quarto onde cada um sofre de alguma doença", finaliza a paciente.