O internauta Fagner de Barros Umbelino reclamou de mau atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, em Campo Grande, na noite de sexta-feira (17), quando precisou ser internado no local. A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) negou situação de mau atendimento e informou que o caso não era de urgência, dizendo ainda que o homem foi quem causou transtornos na unidade.
Indignado, ele postou vídeo e 'textão' no grupo do Facebook Aonde Não Ir em Campo Grande. Fagner afirma que sofre de dores no nervo ciático há um ano e meio.
O praticamente de musculação, diz que ficou travado na cama e foi necessário pedir socorro ao Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) para levá-lo até a unidade. Ele afirma ainda que aguardava na UPA uma vaga para operar em um hospital e que foi mal atendido no horário de aplicação de medicação.
“O médico deixou prescrito morfina essa noite de dor. Eu acordei 00h30 morrendo de dor. Pedi para o técnico de enfermagem se tinha remédio prescrito, sabendo eu que tinha a morfina. Ele disse muito ignorante que não tinha nada. E saiu. Depois voltou com um remédio, eu perguntei qual era, ele disse dexametasona. Eu disse que não era esse o remédio. Ele com raiva aplicou de uma vez só na veia igual um foguete”, contou o rapaz na publicação.
“Na hora meu coração saiu pela boca, passei muito mau. Pedi socorro e não tinha ninguém. Passou uma técnica de longe que me disse assim: fica quieto que tô atendendo criança. Eu pedi socorro mais os técnicos estavam todos dormindo. Todos! O plantão todo dormindo!”, continuou o reclamante.
No vídeo publicado, Fagner grita várias vezes e reclama que precisa de um médico. Os outros pacientes deitados apenas observam.
Vídeo:
O internauta finalizou a história dizendo que é hipertenso e após o episódio um médico foi até ele e explicou que o técnico de fato havia aplicado morfina. “Me disse que o que estava escrito, era que ele aplicou morfina! E isso não se aplica rápido, e eu sou hipertenso e está na minha ficha. Liguei no 190 e o policial me orientou a chamar a assistente social para fazer um registro e posteriormente fazer um b.o. A assistente mandou eu ir à diretoria, a diretora mandou eu ligar na ouvidoria”.
O que diz a Sesau?
O caso foi encaminhado a assessoria de comunicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). Em nota a Sesau negou mau atendimento e respondeu que o paciente foi atendido, que o caso não era de urgência e que ele é quem causou transtorno a outros pacientes no local.
Veja:
O paciente em questão deu entrada na unidade com queixa de dor lombrar, um problema crônico que já está sendo acompanhado. Contudo, ele vai até a unidade para tentar transferência para uma unidade hospitalar, o que não é protocolo, uma vez que o quadro dele não é de urgência.
O paciente foi atendido e prontamente medicado, entretanto, no período em que estava na unidade, mesmo alegando não conseguir deambular, se deslocava a todo momento de seu leito na enfermaria até a sala da gerência, causando transtornos aos pacientes que estavam no local com o quadro clínico mais agravado.
Vale ressaltar que em momento nenhum ele foi mal atendido, sendo prontamente medicado quando necessário e acompanhado pela equipe de saúde, e que ele busca no local uma solução para seu problema que deve ser de forma ambulatorial, e não através de atendimento de urgência e emergência.