A.P.T.N, de 35 anos, se desesperou, ao ter uma cirurgia adiada na Santa Casa, no início deste mês, em Campo Grande. O hospital culpou impasse no convênio e prometeu reagendar o procedimento o mais rápido possível.
Conforme revelado pela filha da paciente, que não quis se identificar, a mãe dela passou pela regulação e estava perto da cirurgia de colelitiase, quando veio a pandemia.
Ainda de acordo com o relato, o hospital ''devolveu'' a paciente para a fila da regulação.
''Ela só conseguiu voltar em meio deste ano. Agora, por birra, a Santa Casa cancelou tudo, até de quem já estava prestes a operar'', lamentou a denunciante.
''É muita sacanagem destes gestores'', desabafou a filha, ao lembrar que todos os exames da mãe foram entregues ao médico e que a cirurgia seria dia 8 de agosto.
O temor de mãe e filha é que a cirurgia seja cancelada e a paciente retorne para a fila da regulação. A reclamante citou que há fila de espera de 4 mil pessoas por uma cirurgia geral.
''Devolvendo, a rede começa o processo tudo novamente'', lamentou novamente.
Sobre a decisão do hospital, a denunciante diz que, em gestões anteriores, a unidade de saúde apenas suspendia os procedimentos e os retomava quanto o convênio era restabelecido.
Sobre o caso, a Santa Casa prometeu providências.
''Eles vão tentar encaixar os que foram reagendados'', disse a unidade de saúde, por meio da assessoria de imprensa. Porém, destaca que não tem data certa para fazer o procedimento.
''estamos fazendo todo o possível para que esses que tiveram suas consultas cancelas e cirurgias, sejam atendidos o mais breve possível'', acrescenta a resposta.
Sesau
Já a Sesau afirmou que o nome de paciente em questão não consta no sistema do órgão, já que foi encaminhado para a Santa Casa. Sendo assim, as informações devem ser obtidas somente com o hospital.
Impasse
No dia 8 de agosto, a enfermagem da Santa Casa chegou a cruzar os braços, em razão do atraso nos salários de julho.
O hospital admitiu o problema e culpou impasse na renovação do convênio com a Secretaria Municipal de Saúde.
A Prefeitura Municipal destacou que não tinha nenhuma dívida com o hospital, inclusive aumentou o valor do repasse, em 1 milhão de reais.
O contrato recebeu um aditivo e tem validade até 30 de agosto.