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Campo Grande

14/08/2022 07:00

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Pai aos 17 anos, Cristiano continua a ensinar os filhos: 'figura do pai é muito importante'

Cristiano já é avô e diz que amor pelo neto e pela família é imensurável

Pai aos 17 anos, Cristiano Gamarra Barreto, hoje com 44 anos, acredita que os ensinamentos de uma figura paterna são essenciais e se tornam referência aos filhos. Morador do Portal Panamá, em Campo Grande, ele, que já é avô, dividiu um pouco da história de vida neste Dia dos Pais.

Gamarra conta que começou a namorar a esposa Lais Berrocal quando ela tinha 15 anos. Dois anos depois, quando ambos tinham 17 anos, tiveram a primeira filha. Com a chegada de Carol, o casal começou a se preparar para levar uma vida juntos, e dois anos depois veio o João, quando tinham 19 anos.

“A gente fazia umas travessuras para começar a namorar. Eu morava, na época, no Jardim Imá e ela no Monte Carlos. Os finais de semana eu passava na casa dela. E quando tivemos a Carol, não tínhamos condições financeiras de casa. Éramos adolescentes. Então, a Lais continuou morando com os pais dela, e eu fui trabalhando para conseguir certa estabilidade.”

Cristiano diz que eles ainda não estavam casados quando Lais engravidou de João, e que apesar de sempre estar presente, enxergou que era hora de firmar o casamento. 

“Quando a minha esposa engravidou do João, eu fui até os pais dela e perguntei se podia morar com eles e arcar com as despesas, até conseguir a nossa casa. Tivemos apoio e, três dias antes do João nascer, nós casamos no cartório e na igreja. A Lais estava quase na data de ter o parto, e a Carol foi nossa dama-de-honra.”

O casal ficou morando com os pais de Lais, e Cristiano cita que sempre acreditou na importância de estar perto dos filhos. Apesar das dificuldades e de um longo período morando com os sogros, ele diz que foi a melhor coisa que fez.

“Eu sempre trabalhando, e dando o que podia. Até que 11 anos depois veio o Pedro, onde a Lais operou. Sempre participei das coisas deles, festas de escola, e tudo mais. Acho muito importante, o pai ser presente na vida dos filhos porque, até uma certa idade, eu segui a linha do meu pai. Eu tive ele como referência.”

Aprendizado de Pai para Filho

Cristiano acredita que os pais são referencia na vida dos filhos e o seu pai o ensinou muito. 

“Comecei a trabalhar com 12 anos, e a partir deste momento, comecei a ter responsabilidade da minha vida. E com referência do meu pai. A figura do pai é muito importante na vida dos filhos.”

Ele diz que filho não é brinquedo, e a criação deve ser acompanhada.

“Aprendi que a gente tem de ter muita responsabilidade porque filho não é brinquedo. Você tem que tentar moldar ele, conversar, saber as palavras certas que você vai usar. Os meus, graças a Deus, nunca tivemos problemas de brigas entre pai e filho. Todos são estudiosos e seguem caminhos do bem.”

A filha mais velha, Carol, está se formando para enfermagem, João faz engenharia elétrica e o Pedro, de 12 anos, estuda o ensino fundamental.

“Na parte da educação, a gente nunca precisou usar de bater ou ter rigidez mais forte. A gente sempre conversou, e nunca deram trabalham tanto para mim quanto para a mãe deles.”

Papel de avô

Cristiano se tornou avô do Luiz Fernando, que vai fazer três anos na próxima terça-feira (16). E ele diz que o amor é imensurável. 

“Lembro que no parto da Carol, ela veio trazer o meu neto para vermos na janela da maternidade, e eu quase desmaiei. Ele é um grude com a minha esposa. Eu, com ele, tento ser o mais firme possível. Só que eu não consigo, e ele acaba que fazendo da gente, quase tudo. O amor de pai é muito diferente do amor de avô. A gente sente um negócio diferente, e um negócio forte.”

Gamarra perdeu o pai Gerson Barreto há quatro meses após o idoso ser internado por 20 dias com pneumonia e falecer. A mãe Marília Gamarra Barreto faleceu oito meses antes. 

Ele deixa um recado aos filhos.

“Eu perdi meu pai recentemente. Vai fazer quatro meses.  Antes disso, fazia oito meses que eu tinha perdido minha mãe por embolia pulmonar e parada cardíaca. A falta que eles fazem é incomparável. A gente sente uma dor muito forte no peito. Nós, filhos, precisamos estar sempre com os pais. Precisamos fazer carinho neles, e conversar com eles. Falo por mim, porque a dor que eu sinto hoje, de não tê-los perto de mim, é muito grande. Se eu pudesse ter eles de volta, faria tudo diferente.”

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