Israel Graciano da Rocha, 65 anos, pede justiça pela morte do filho, Matheus Frota da Rocha, 27 anos, e destaca que o filho foi assassinado e não morreu em um acidente de trânsito.
“Ali foi um assassinato, meu filho teve a vida ceifada como se fosse um animal”, disse o pai.
Matheus morreu na manhã de ontem (28), após ser atingido por uma Mercedes, de cor branca, no cruzamento da Rua Guia Lopes, com Avenida Salgado Filho, na Vila Bandeirantes, em Campo Grande.
Durante o velório do filho, Israel relembra o jeito alegre de Matheus e das mensagens que recebia diariamente do filho.
“Ele me chamava de gurizão, falava que Deus abençoe seu dia, sua vida. Um beijo pai, fica com Deus. Essa é a lembrança. Todos os dias ele me mandava mensagem, era muito alegre. Onde ele estava tinha risada, tinha piadas. Todo mundo gostava de estar perto dele. Meu filho ia casar, ele morava com a menina, mas tinha planos de casar esse ano”, diz Israel.
Versão de Carlos Hugo
O colombiano Carlos Hugo Naranjo Álvares, 32 anos, disse que assustou após bater o veículo Mercedes, de cor branca, na motocicleta de Matheus.
Durante depoimento, após ser preso em Rochedo, ele disse que não sabia que tinha batido em uma motocicleta e assustou após ver o estado em que o carro ficou.
Carlos contou que, após o acidente, deixou dois amigos em uma rua, desceu e viu o estrago na Mercedes.
Ele disse que seguiu sem rumo e parou na MS-080, em Rochedo, porque o combustível do veículo acabou.
Carlos inventou que foi sequestrado por bandidos, mas depois assumiu que bateu na moto, que matou Matheus.