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Campo Grande

13/03/2023 19:00

Projeto de passe livre para provas do Enem esbarra na legislação e acaba arquivado em MS

Projeto era de iniciativa de lideranças do movimento estudantil

Apesar da boa intenção, projeto de lei que visava transporte gratuito para candidatos inscritos no ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e vestibulares de universidades públicas, em dias de prova, foi arquivado na Assembleia Legislativa e teve parecer contrário da Procuradoria dos vereadores de Campo Grande.

Após discussão, o texto foi barrado ainda na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final), em Mato Grosso do Sul, por um vício de competência. Apenas cargos de Executivo (prefeitos, governadores e presidente) podem apresentar propostas que acarretam despesas,

O projeto, fruto de pedido de lideranças do movimento estudantil de Campo Grande [clique aqui para ver mais], foi “abraçado” pelo deputado Lucas de Lima (PDT), mas ao passar pela análise da comissão, os cinco deputados deram parecer contrário.

Ele ainda pode realizar a estimativa do impacto financeiro e levar à mesa de Eduardo Riedel, mas a mensagem que “as despesas decorrentes da execução da Lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias” é insuficiente para que o texto vá para frente.

A proposta tentava assegurar o acesso dos estudantes aos locais de aplicação de prova via sem a cobrança da passagem de ônibus. No PL, foi descrito que o candidato deveria apresentar o comprovante de inscrição nos referidos exames, e documento com foto que permitiria a sua identificação ao embarcar no ônibus.

Parecer contrário por unanimidade

Conforme o relator do projeto, deputado Junior Mochi (MDB), o projeto invadiu competência dos municípios, responsáveis pelo transporte público de suas cidades. Além disso, há despesas e impactos financeiros aos cofres públicos, o que seria inconstitucional.

“Quanto a matéria, a competência é do município para organizar a concessão de transporte público, organizar e prestar serviços públicos locais. Nesse sentido, em que pese a boa e nobre intenção do deputado, o assunto invade competência. E ainda que por ventura fosse de concessão intermunicipal- do governo do estado, não haveria como aprová-lo, pois a concessão de gratuidade acarretaria em despesa, e não foi apresentado impacto financeiro.”

Os deputados da comissão, Mara Caseiro (PSDB), Junior Mochi (MDB), Antonio Vaz (Republicanos), Pedrossian Neto (PSD) e João César Mattogrosso (PSDB) foram favoráveis ao arquivamento do projeto, na reunião da CCJR, em 9 de março.  

Rejeitado na Câmara

Na Câmara de Campo Grande, o projeto de lei foi apresentado pelo vereador Ronilço Guerreiro (Podemos) e, em consulta sobre a tramitação, foi verificado o parecer contrário da Procuradoria da Casa de Leis.

A Procuradoria afirma que ainda "que pese a excelente iniciativa do nobre vereador no caso em tela, a competência para a iniciativa legislativa sobre o tema é do Poder Executivo, pois sua aprovação afetará diretamente o equilíbrio do contrato administrativo pactuado entre o poder concedente e a concessionária". Por isso, optou pela não tramitação do projeto. 

O vereador pode mandar a ideia para Adriane Lopes e ao Consórcio Guaicurus em forma de indicação, diz a Procuradoria.

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